Navegando no blog de um amigo jornalista, determinado post sobre a mais recente viagem de Beto Richa, prefeito desta nossa Curitiba, fez-me vir a tona lembranças recentes e indignações constantes.
Escrevi lá como jornalista, mãe, cidadã, curitibana, brasileira.
Para não encompridar:
Manhattan, NY, não tem trânsito caótico como aqui. Lá, muita gente não tem carro, nem quer ter, nem precisa. Anda-se a pé, de bike, vai-se de metrô e bus para todo lugar. Gente que teria poder aquisitivo pra ter um carro prefere não ter. Pegam metrô de terno, gravata, tênis e mochilas, e botam sapato quando entram no escritório. Caminham pela cidade onde vivem.
Aqui, o povo curitibano se mata para comprar um carro, se endivida em mil parcelas e juros e faz a alegria da indústria automobilística. Nego troca de carro, e exibe carrão, se precisar - mas passa fome em casa. (fome de comida, cultura, educação, entendam como quiserem).
Aqui, na cidade administrada por Beto Richa - que um dia, vai longe, já foi exemplo de transporte coletivo - agora o carro é que manda, o pedestre que se dane. Motoristas cada vez mais arrogantes e sem educação, e que se atropelem os velhos e as crianças, danem-se eles, não é?
Aqui, a cidade é planejada para os automóveis, as modificações urbanas servem para atender os donos de carros.
Beto Richa, venha ver bem de pertinho o que sua administração fez com essa porcaria de binário mal-ajambrado e mal-acabado da Mario Tourinho / Heitor Guimarães. Zero espaço para pedestres, nada de facilidade para caminhar, circular a pé ou de bicicleta. Ao contrário. Atravessar as ruas por aqui é risco alto. Atropelamentos? Toda semana. Direto. Virou rotina. Barulho de freadas em alta velocidade é a música que embala a vizinhança.
O restante do texto, com o post do Zebeto e outros comentários,