Looonge de mim ser ecochata e politicamente correta ao extremo da intolerância. Afinal, diversidade de pessoas e opiniões, e a liberdade para cada um se expressar do seu jeito, dão cor e sentido pra nossas vidas.
Mas esse tema é sério, especialmente para uma ex-fumante como eu:
Domingo, 31 de maio, é dia de combate ao fumo.
Comemoro cada dia sem cigarro - estou na marca de um ano e três meses. Meu marido parou há três meses.
A gente era da turma do Marlboro. Fumaça grossa, filtro amarelo. Talvez por isso, usamos o método hardcore: na raça e no seco, de repente, sem aviso prévio. Não teve cerimônia de despedida do último cigarro. Nada de chicletinhos, acupuntura, patches, nem muita conversa. Se vier a cold turkey, a gente segura na unha. Cortamos assim pela raiz, e temos conseguido. Mas penso que cada um deve encontrar seu método.
Particularmente acho uma violência o constrangimento a que os fumantes vêm sendo submetidos, cada vez mais.
São pessoas doentes que precisam de ajuda - e não precisam, nem devem, ser segregadas, perseguidas, constrangidas etc. Mas sinceramente não sei o que se deve fazer. É assunto de saúde pública e não adianta somente proibir, legislar, ameaçar, restringir. É preciso investir para que os fumantes consigam deixar o vício: não é fácil. É preciso ajuda.
Estou publicando aqui um material enviado pela amiga e também jornalista Valéria Prochmann. É pra ajudar quem pretende largar. O texto era grande, então editei deixando os tópicos mais importantes. Vamos lá?