Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Prevenção

Saiba como se proteger contra a febre maculosa nas férias

Patrícia Pasquini - Folhapress
03 jul 2023 às 21:00

Compartilhar notícia

- Pexels/Pixabay
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Quem optar por passar as férias de julho no interior, em áreas montanhosas onde há matas, rios e lagos, precisa redobrar os cuidados para não contrair a febre maculosa. Os pais devem impedir as crianças de deitarem na grama, por exemplo.


Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade

"O carrapato gosta de lugar de sombra, folha seca e vegetação. Os locais que margeiam rios e lagos são mais propícios, mas não exclusivos", alerta a médica Vera Rufeisen, infectologista do Vera Cruz Hospital, em Campinas (a 93 km de São Paulo).

Leia mais:

Imagem de destaque
Ambev

Cervejaria abre as portas para visitação do público; fábrica de Ponta Grossa está na lista

Imagem de destaque
Proclamação da República

Cerca de 40 mil passageiros devem passar pelo aeroporto e rodoviária de Londrina neste ''feriadão''

Imagem de destaque
Turismo religioso

No Paraná, Prudentópolis ganha Caminho de São Miguel Arcanjo com 16 igrejas ucranianas

Imagem de destaque
Programação

Confira os preparativos para o Natal em Londrina, Ibiporã e outras nove cidades


O estado de São Paulo é endêmico para a doença. Dados da Secretaria da Saúde de janeiro a março de 2023 mostram que Americana, Assis, Campinas, Piracicaba, Santa Bárbara D'Oeste, Sorocaba e Valinhos, além da região de Caraguatatuba, no litoral norte paulista, somam grande parte dos casos.

Publicidade


As regiões de Campinas e Piracicaba foram as que contabilizam mais casos no período - 480 e 193, respectivamente. Sozinho, o município de Campinas teve 114 confirmações da doença.


A doença é transmitida por carrapatos infectados pela bactéria Rickettsia rickettsii, presente principalmente no carrapato-estrela, e não passa de pessoa para pessoa.

Publicidade


"Só 1% dos carrapatos possui a bactéria Rickettsia rickettsii. O carrapato infectado passa a bactéria aos filhotes. Não vamos nos afastar da natureza, mas é necessário ter em mente que se você apresentar um quadro com mal-estar, febre alta, dor de cabeça e no corpo deve contar imediatamente ao médico o lugar que visitou", diz Rufeisen.


Para que haja a transmissão, o carrapato precisa ficar fixado à pele por pelo menos quatro horas. Se houver contato com vegetação, Vera Rufeisen orienta a fazer a própria inspeção no corpo a cada duas horas, à procura de picadas.

Publicidade


"Dependendo da sensibilidade a pessoa pode sentir coceira de uma a duas horas depois que o carrapato grudou no corpo", explica.


"O carrapato na forma de larva, conhecido como micuim, é muito pequeno. O adulto é mais comum no final do ano. O micuim parece uma pintinha na pele. Então, precisa inspecionar o corpo com bastante cuidado. O uso de bucha vegetal no banho é excelente, porque retira os [carrapatos] pequenos, que eventualmente não identificamos", orienta a médica.

Publicidade


Outro cuidado é com a cor das roupas. O ideal é dar preferência às cores claras, porque facilita enxergar o carrapato. O uso de repelente na pele e sobre a roupa é recomendável, em especial nas crianças.


Também é importante optar por roupas que cubram a maior parte do corpo, principalmente pernas e pés. Uma sugestão é usar meia por cima da boca da calça, e a calça dentro da bota.

Publicidade


"Os repelentes a base de icaridina têm eficácia razoável. É uma medida complementar. As pessoas não podem acreditar que se passarem o repelente nada acontecerá", afirma Rufeisen.


Para a infectologista e epidemiologista Luana Araújo, especialista em doenças infecciosas pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e mestre em saúde pública pela universidade Johns Hopkins Bloomberg, nos Estados Unidos, o ideal é evitar locais com maior risco de pegar a doença e que têm o vetor de forma descontrolada.

Publicidade


"Se não for possível, vale o cuidado diferenciado comportamental e o de preparo do sistema de saúde. O poder público precisa informar as pessoas de que aquela área é de risco", reforça.


"Nos locais endêmicos, essa informação é extremamente deficitária. Além dos locais de risco, é importante ensinar as pessoas o que é febre maculosa, qual o risco que elas correm e como se protegem. Principalmente nas áreas endêmicas, precisa ter uma intensificação dessa informação de maneira direta, clara, acessível e ostensiva, e não só para a população em geral. Os próprios profissionais de saúde precisam ser mais bem treinados", avalia a epidemiologista.


Segundo a médica, áreas endêmicas aparecem devido ao desequilíbrio da fauna e a flora.


"Você favorece a proliferação de animais hospedeiros, como o carrapato; você favorece que o carrapato se prolifere ali, o que ele não conseguiria fazer se aquele ambiente fosse ecologicamente harmônico. Temos mais acesso a esses ambientes e nos colocamos em risco para muitas doenças. A febre maculosa é só uma delas. Comece a pensar na saúde humana como parte de algo que chamamos de saúde única, que é a saúde do homem, dos animais e do meio ambiente ao mesmo tempo", finaliza a epidemiologista.


NUNCA ESPREMA O CARRAPATO


O carrapato deve ser retirado com o auxílio de uma pinça, com muito cuidado. Coloque-o num vidro com álcool e comunique à prefeitura de sua cidade. Se você arrancar, o aparelho sugador pode ficar preso na pessoa e é nele que tem a bactéria. Há o perigo de contaminação.


Imagem
Alunas e pais protestam contra professores acusados de assédio em Londrina
Um grupo de pais e estudantes fez um protesto na manhã desta segunda-feira (3) em frente ao colégio estadual padre Wistremundo Roberto Perez Garcia, no Parque Ouro Verde, zona norte de Londrina.
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo