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STF retoma nesta quarta o julgamento sobre responsabilização de redes sociais

André Richter - Agência Brasil
18 dez 2024 às 10:31

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- Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O STF (Supremo Tribunal Federal) retoma nesta quarta-feira (18) o julgamento a respeito da responsabilização civil das redes sociais por conteúdos ilegais postados pelos usuários. Até o momento, o placar é de 2 votos a 0 pela responsabilização das plataformas.


O julgamento começou em 27 de novembro e se estende por seis sessões consecutivas. Na sessão desta quarta, o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, vai ler o voto dele sobre a questão.

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O Supremo julga a constitucionalidade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), que estabeleceu os direitos e deveres para o uso da internet no Brasil.

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Conforme o Artigo 19, "com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura", as plataformas só podem ser responsabilizadas pelas postagens de seus usuários se, após ordem judicial, não tomarem providências para retirar o conteúdo.

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Dias Toffoli e Luiz Fux votaram a favor da responsabilização. Segundo os ministros, as plataformas devem retirar, depois de notificação extrajudicial, conteúdos considerados ilegais, como mensagens com ataques à democracia, incitação à violência, racismo, entre outras.


Caso o entendimento prevalecer, as redes sociais deverão retirar os conteúdos após serem notificadas diretamente pelos citados nas postagens, ou seja, sem aguardar uma decisão da Justiça.

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Faltam os votos de nove ministros. A expectativa é de que o julgamento não seja concluído neste ano. Com o período de recesso, que inicia em 20 de dezembro, o julgamento deve ser retomado em 2025.


Nas primeiras sessões do caso, representantes das redes sociais defenderam a manutenção da responsabilidade somente após o descumprimento de decisão judicial, como ocorre atualmente. As redes socais sustentaram que já realizam a retirada de conteúdos ilegais de forma extrajudicial e que o eventual monitoramento prévio configuraria censura.

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Entenda


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O plenário do STF julga dois processos que discutem a constitucionalidade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet.


Na ação relatada por Dias Toffoli, o tribunal julga a validade da regra que exige ordem judicial prévia para responsabilização dos provedores por atos ilícitos. O caso trata de um recurso do Facebook para derrubar decisão judicial que condenou a plataforma por danos morais pela criação de perfil falso de um usuário.


No processo relatado por Fux, o STF discute se uma empresa que hospeda um site na internet deve fiscalizar conteúdos ofensivos e retirá-los do ar sem intervenção judicial. O recurso foi protocolado pelo Google. 


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