Quando a vacinação contra a Covid-19 começou no Brasil, em janeiro, os trabalhadores da área da saúde foram os primeiros contemplados com a imunização, sendo classificados como prioritários diante da importância do serviço que realizam e o contato direto com possíveis casos da doença. Oito meses depois da campanha nacional e com o avanço de doses aplicadas, 152 servidores da secretaria de Saúde de Londrina ainda não se vacinaram.
Dados obtidos pela reportagem por meio da Lei de Acesso à Informação mostram que 31 funcionários se negaram a receber o imunizante e assinaram um termo em que assumiram a recusa. São servidores efetivos, comissionados, contratados temporariamente e municipalizados. Entre as pessoas que negaram as doses estão sete técnicos ou auxiliares de enfermagem, seis trabalhadores do setor administrativo, quatro médicos, um psicólogo e um auxiliar de terapia ocupacional. A pasta tem 3.302 servidores no total.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, com exceção das recusas, a pasta tem feito um levantamento para saber o motivo dos demais agentes constarem como não vacinados. “Estamos vendo se por ventura não se vacinaram ou não fizeram o registro de vacinação, já que extraímos os números do registro. Aqueles que não quiseram se vacinar tiveram que assinar um termo de recusa, em que foi ofertada a dose e por motivos diversos não se vacinou”, explicou.
Leia mais:
Ministério da Saúde e Anvisa fazem campanha contra Mpox em portos e aeroportos
Após vaivém, Saúde recusa oferta de vacina atualizada da Covid por falta de registro da Anvisa
Homem viciado em refrigerante diz que ficou dez anos sem beber água
Plataforma dá mapa para acesso ao aborto em casos de feto incompatível com a vida
No final do agosto, a prefeitura determinou a volta ao trabalho presencial dos servidores que tomaram as duas doses ou dose única e daqueles que tiveram direito ao imunizante pelo calendário, mas rejeitaram. Machado afirmou que no período em que o home office esteve vigente foram buscadas formas alternativas de trabalho. “Com o decreto isso foi suprimido e só permanece afastado quem tem atestado médico. Isso se aplica como qualquer outra patologia, com a perícia avaliando”, destacou. “Pela recusa não quer dizer que o trabalhador foi para outra assistência. Muito provavelmente está nas atividades inerentes ao cargo.”