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Disponível na rede pública

Teste para HTLV passa a ser indicado para gestantes durante pré-natal

Redação Bonde com Agência Brasil
17 abr 2024 às 13:30

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foto de uma mulher grávida em pé segurando a barriga
- Imagem de tirachardz no Freepik
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O Ministério da Saúde ampliou o uso de testes para diagnóstico do HTLV (Vírus Linfotrópico de Células T Humanas) na rede pública. 


A tecnologia, a partir de agora, passa a ser utilizada também em gestantes, durante o pré-natal. As áreas técnicas terão prazo máximo de 180 dias para efetivar a oferta na rede pública.

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A incorporação do teste para gestantes foi recomendada pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias) no SUS (Sistema Único de Saúde). A proposta é reduzir a transmissão vertical (de mãe para filho) do vírus durante a amamentação. 

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A comissão considerou que o procedimento, feito por meio de exame de sangue, é eficaz e seguro e que a implementação no SUS utilizaria recursos já disponíveis, uma vez que os testes já são realizados fora do programa de triagem pré-natal.

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Desde fevereiro, infecções por HTLV em gestantes, parturientes, puérperas e crianças expostas ao risco de transmissão vertical passaram a ser de notificação compulsória no Brasil. Isso significa que profissionais de saúde de serviços público e privado devem comunicar obrigatoriamente os casos ao ministério.


A pasta informou que a inclusão do HTLV na lista nacional de notificação compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública permite estimar o número de pessoas com o vírus e a quantidade de insumos necessários, além de qualificar a rede de atenção para atendimento dessa população.

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VÍRUS 


O HTLV, da mesma família do HIV, foi descoberto na década de 1980. O vírus infecta principalmente as células do sistema imunológico e possui a capacidade de fazer com que percam sua função de defender o organismo.

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A infecção está associada a doenças inflamatórias crônicas como leucemia, ATLL (linfoma de células T do adulto) e HAM (mielopatia associada ao HTLV). Outras manifestações como a dermatite infecciosa, uveíte, síndrome de sicca, ceratite intersticial, síndrome de Sjögren, tireoidite de Hashimoto, miosite e artrite, embora de menor gravidade, também são associadas ao vírus.


O tratamento é direcionado de acordo com a doença relacionada ao HTLV. O paciente deve ser acompanhado nos serviços de saúde e, quando necessário, receber seguimento em serviços especializados para diagnóstico e tratamento precoce de doenças associadas ao vírus.

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NÚMEROS 


A estimativa do governo federal é que mais de 800 mil pessoas estejam infectadas pelo HTLV no Brasil. O vírus pode ser transmitido durante relações sexuais sem o uso de preservativo e pelo compartilhamento de seringas e agulhas.


O HTLV também pode ser transmitido verticalmente, de mãe para filho, sobretudo via amamentação e, de forma mais rara, durante a gestação e no momento do parto.


O ministério tem como meta eliminar a transmissão vertical do HTLV até 2030, objetivo alinhado às diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS), da Agenda 2030 da ONU (Organização das Nações Unidas) e da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde).


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