Os hospitais de Londrina que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) precisaram improvisar no mês passado para dar conta de todos os atendimentos. O Governo Federal 'represou' 30% dos recursos previstos e enviou, ao município, apenas R$ 9,8 milhões dos R$ 14 milhões prometidos. A cidade ainda aguarda pelo restante da verba (R$ 4,2 milhões). "O recurso foi creditado ontem (pelo Ministério da Saúde) e deve cair na conta (do município) amanhã", contou o secretário de Saúde, Mohamad El Kadri, em entrevista ao Bonde nesta terça-feira (6).
Ele garantiu, ainda, que o calote do Governo Federal não causou prejuízos ao atendimento oferecido aos usuários do SUS. "A demanda foi suprida com dificuldades", afirmou.
El Kadri não soube informar se o Ministério da Saúde também pretende represar parte da parcela deste mês. "Por enquanto, não temos essa informação".
Hospitais
O Hospital Universitário (HU) de Londrina precisou economizar e solicitar um aporte ao Governo do Estado para não paralisar os atendimentos feitos pelo SUS. Já a Santa Casa usou recursos reservados para continuar com os trabalhos.
O Hospital Evangélico, por sua vez, informou que a falta do repasse vai refletir nos atendimentos previstos para este mês. Em dezembro, as outras empresas que integram o grupo do hospital acabaram subsidiando as consultas do SUS.
O calote do Governo Federal foi denunciado pelo próprio prefeito Alexandre Kireeff no último dia 22. Em entrevista coletiva, ele disse que o 'represamento' da verba poderia comprometer seriamente a saúde financeira dos hospitais do município.