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Orientação e educação

Campanha médica promove evento focado na prevenção de arritmias em Londrina

Eduarda Ventura* Estagiária
12 nov 2024 às 18:02

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- Eduarda Ventura
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A Sobrac (Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas) promoveu, nesta terça-feira (12), a campanha “Coração Na Batida Certa”, com o objetivo de promover a conscientização e a prevenção de doenças cardíacas, na sede cultural da AML (Associação Médica de Londrina). 


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A campanha é nacional, promovida desde 2007 pela Sobrac, entretanto, somente em 2010 o dia 12 de novembro foi instituído oficialmente como o Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita. 

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Em Londrina, houve a presença de enfermeiras aferindo a pressão e a glicemia da população, além de cardiologistas especialistas disponíveis dando apoio e respondendo às dúvidas dos participantes. 


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A enfermeira Carolina de Mello, que estava atendendo a população, enfatiza que essas ações são muito importantes para auxiliar na prevenção de doenças. “É muito importante que a gente faça esses exames para auxiliar na identificação de problemas de saúde logo no início, já que assim o risco da pessoa desenvolver complicações ou ter que passar por procedimentos médicos mais invasivos fica muito menor.”


- Eduarda Ventura


Ainda como parte da campanha, o evento ofereceu orientação sobre como sentir o próprio pulso e, partir disso, saber identificar quando há algo diferente com o coração sem precisar sair de casa e de equipamentos auxiliares, o que pode ser fundamental para a prevenção de doenças cardiovasculares, de acordo com o cardiologista especialista em arritmia e membro da SOBRAC, Antonio Nechar Junior. 

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“Aferindo o pulso, você tem condições de ver se o seu coração está rítmico, se está falhando, se está batendo de uma forma irregular e, a partir daí, procurar o cardiologista. Existem muitas arritmias que são silenciosas, então é importante estar sempre monitorando para perceber se algo estiver errado”, explica. 

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As arritmias podem ser assintomáticas e surgir somente no momento da morte. “Muitas vezes, o primeiro sintoma de uma arritmia pode ser a morte, e a pessoa passa um grande tempo da vida sem saber que tinha algo. Então, esse é o foco da campanha, nós precisamos diminuir a quantidade de pessoas que morrem anualmente no Brasil de doenças cardiovasculares.” 

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O especialista conta que, atualmente, cerca de 400 mil pessoas morrem de problemas cardiovasculares por ano, sendo que 60 mil são somente de mortes súbitas, por isso, é importante sempre fazer a auto-avaliação e, caso sentir que o coração está muito acelerado ou muito devagar, procurar um cardiologista imediatamente. 

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Os sintomas mais comuns são desmaios, tonturas e sentir o coração disparado sem estar fazendo esforço físico. Caso algum desses apareça, a primeira coisa a se fazer é procurar um cardiologista. “Nós temos vários tipos de arritmias, umas que não tem muito problema, são facilmente tratáveis, e outras podem causar desmaios, apagões, é importante estar atento.”


- Eduarda Ventura


A principal arritmia tratada na campanha é a fibrilação atrial, justamente porque pode ser silenciosa durante toda a vida do paciente, podendo provocar outros problemas, como um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Esse é o caso do Moacir Dorci Rizz, de 79 anos, que estava presente no evento junto com sua esposa, Mércia de Paula Rizz, de 76 anos. 


Mércia afirma que o marido não sentia nada de diferente, mas acabou descobrindo a presença da doença durante uma consulta com a cardiologista sobre a pressão alta que possui. 


“Nós somos acompanhados pela doutora Luciana já há mais ou menos 15 anos e ele fazia sempre controle de pressão alta, foi aí que descobrimos essa arritmia, quando ela percebeu nos exames que o coração dele sempre estava muito mais acelerado do que deveria”, explica. 


Depois da suspeita, Moacir ainda passou por três especialistas até que a doença fosse confirmada, já que a falta de sintomas pode ser um complicador no diagnóstico. Desde então, segue com o acompanhamento médico e fazendo tratamento com remédios. 


‘Para nós foi muito importante essa prevenção, porque se ele não tivesse sempre ido no acompanhamento regular dos médicos, talvez a gente não teria percebido e poderia ter acontecido um acidente nesse tempo’, ressalta. 


Para o casal, aprender como aferir o pulso foi importante para que pudessem ter a segurança de poder acompanhar o problema manualmente e sozinhos, sem precisar ficar se preocupando. “Foi importante ter essa orientação para ter esse controle em casa também,  e são coisas básicas que você consegue fazer sozinha.” 


Segundo o cardiologista especialista, a partir do momento que o indivíduo enfrenta alguma alteração, o socorro tem que ocorrer muito rapidamente, já que cada um minuto que se passa sem que ele receba o protocolo de assistência, há uma perda de 10% de chance de sobrevivência, por isso, saber identificar quando há algo fora do normal é essencial. 


- Eduarda Ventura


*Sob supervisão de Fernanda Circhia


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