De diagnóstico e tratamento simples, a pneumonia é, ainda hoje, a doença infecciosa que mais mata no mundo.
"A causa mais comum de pneumonia é o Streptococcus pneumoniae, conhecido como Pneumococo. Três em cada dez pneumonias são causadas por esse micro-organismo", explica o Dr. Frederico Leon Arrabal Fernandes, diretor de Assuntos Científicos da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).
Segundo o médico, o micro-organismo está normalmente presente no nariz e na garganta, mas nem sempre causa a doença. Transmitida por contato direto de pessoa para pessoa por meio das secreções do trato respiratório, ela atinge especialmente grupos vulneráveis, que incluem crianças pequenas, idosos, fumantes, portadores de doenças respiratórias crônicas, como asma e enfisema, além de indivíduos com baixa imunidade.
Prevenção
A melhor maneira de prevenir a doença é a vacinação, que deve ser dada conforme orientação médica.
"Existem dois tipos de vacinas atualmente no Brasil. Uma delas, a de polissacarídeo, protege contra 23 tipos de pneumococo e é recomendada para adultos com mais de 60 anos ou portadores de doenças respiratórias. Já a vacina conjugada, leva à maior resistência imunológica, indicada para crianças e, recentemente, também para adultos com mais de 50 anos portadores de doenças pulmonares crônicas e fumantes", explica o pneumologista.
Segundo o Dr. Frederico, um estudo publicado recentemente na revista médica New England Journal of Medicine demonstrou que a vacina conjugada reduziu de forma consistente, nos últimos 10 anos, as internações por pneumonia em crianças e em idosos.
"A conclusão deste e de outros estudos é que a vacinação da população infantil reduz a quantidade de bactérias, prevenindo inclusive a contaminação dos idosos", explica.