Representantes do Programa Estadual de Controle da Tuberculose estiveram em Londrina nesta sexta-feira (26) para avaliar as ações de combate à doença feitas na cidade. Na bagagem, os profissionais trouxeram orientações sobre como agir em casos multirresistentes, quando se exige mais do que o tratamento tradicional, de seis meses, para a cura da doença. Neste ano, o Paraná já registrou oito casos do tipo: quatro em Curitiba, três em Cascavel (oeste) e um em Telêmaco Borba (128 km ao norte de Ponta Grossa).
Em Londrina, ainda não houve registro de tuberculose multirresistente. "O balanço é muito positivo, mas todo o cuidado é pouco. Precisamos localizar os doentes para oferecer o tratamento e, assim, evitar com que a patologia se fortaleça", destacou a coordenação do Programa Municipal de Combate à Tuberculose, Regina Cortez.
Até agora em 2012 Londrina registrou 132 casos de tuberculose e uma morte pela doença. "O óbito preocupa e muito. Ainda mais quando levamos em conta que o tratamento custa pouco mais de R$ 30 e demora apenas seis meses para surtir efeito", ressaltou.
O programa municipal, segundo Regina, está com o foco voltado para os grupos de risco, que têm mais chances de pegar a doença. Os presos tem 80 vezes mais chances, os moradores de rua 67 vezes, os que têm vírus HIV 30 vezes e os indígenas quatro vezes mais. "Na próxima semana, vamos até a Penitenciária Estadual de Londrina para monitorar a situação e tratar os presos que, porventura, apresentem sintomas. As ações preventivas não podem parar."