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Sintomas da Covid podem se confundir com os de gripe e resfriado

Patrícia Pasquini - Folhaapress
30 jul 2021 às 09:04

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- Pixabay
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No inverno e com o tempo seco é comum o aumento de episódios de doenças respiratórias, como gripe, resfriado, sinusite e rinite.

Alguns sintomas, como a dor de garganta, podem estar presentes em todas essas doenças, assim como nos quadros de infecção pelo coronavírus.

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A dor de garganta se dá pelo acometimento da mucosa e pelo fato de a secreção do nariz pingar na faringe.
Em tempos de Covid-19, é comum que os pacientes procurem um médico ao menor sintoma de doença respiratória, até mesmo quando se trata de um simples resfriado.

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"O que a Covid-19 tem muito mais frequente do que qualquer virose é que acomete o pulmão e leva a insuficiência respiratória grave com maior frequência", explica Luís Fernando Camargo, professor da Faculdade Israelita de Ciência da Saúde Albert Einstein e infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein.

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"Vemos coisas que não são observadas nas outras doenças, como os eventos de trombose, lesão da via aérea com pneumotórax, embolia de pulmão, sintomas neurológicos e sequelas de longo prazo. A Covid-19 é uma virose respiratória como qualquer outra, mas a falta de imunidade leva a casos mais graves. As taxas de mortalidade e de complicação são bem maiores", completa.


A Folha de S.Paulo explica a diferença entre a Covid-19, gripe, o resfriado, a sinusite e a rinite.

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GRIPE


É uma infecção causada pelo vírus influenza Acomete a via respiratória -nariz, face, traqueia e pulmão- em uma intensidade muito maior do que um resfriado Sintomas: coriza, espirros, dor de garganta, dor de cabeça, tosse e febre alta Se não forem tratados, os quadros gripais podem evoluir para infecção bacteriana e pneumonia Oseltamivir, comercializado sob a marca Tamiflu, é um antiviral usado no tratamento de gripe por influenza; o medicamento é distribuído nos postos de saúde a pacientes com prescrição médica

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RESFRIADO


Infecção viral no nariz e na garganta, mas sem gravidade Também é causado por vírus; mais comumene pelo rinovírus Sintomas: coriza, espirros, dor de garganta, tosse, febre baixa e um pouco de cansaço Não há medicação específica e geralmente melhora em poucos dias; contra a congestão nasal, o ideal é usar soro fisiológico ou Rinossoro Camargo alerta para o cuidado com a automedicação: "Os remédios que secam o nariz e trazem a sensação de melhora, por exemplo, podem causar eventos adversos indesejáveis, como o aumento da pressão arterial e de infecção bacteriana por acumular secreção na face"

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SINUSITE

Qualquer infecção que afeta a face causada por vírus que trazem o resfriado comum e eventualmente o da gripe Sintomas: coriza, dor de garganta, febre, tosse, dor de cabeça e na maçã do rosto, mal-estar, cansaço, redução do olfato "Quase todas as sinusites são virais e muitas vezes as pessoas tomam antibióticos desnecessariamente. O uso de antibióticos é indicado se houver como complicação uma sinusite bacteriana", alerta Camargo


RINITE

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Acomete a mucosa do nariz Sintomas: coriza, espirros, sangramento nasal, sensação de catarro, prurido no ouvido, dor de garganta e facial, alteração no paladar, febre baixa e irritação nos olhos quando de fundo alérgico Geralmente, as crises não trazem complicações Lavagem nasal, indicada para os casos acima
Na falta do soro fisiológico 0,9%, prepare um soro caseiro: 1 litro de água fervida ou filtrada, acrescida de duas colheres (chá) de sal e 1 colher (chá) de bicarbonato; coloque a solução em uma seringa com capacidade para 20 ml e aplique


COVID-19

Infecção respiratória aguda causada pelo Sars-CoV-2, da família dos coronavírus, que pode levar à morte Sintomas: tosse seca, febre, dor no corpo, indisposição, perda de olfato e paladar, diarreia e dor de cabeça e nas costas; no caso da variante delta, há sintomas parecidos com os de um resfriado, o que inclui coriza e espirros com mais frequência A infecção pelo coronavírus pode ser evitada com distanciamento físico, uso de álcool em gel e preferência por locais com ventilação natural, além da vacinação Para influenza e coronavírus, há vacina É importante que a população se vacine contra a gripe e contra a Covid-19. As duas vacinas são ofertadas pelo PNI (Programa Nacional de Imunização).

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A vacina contra o vírus influenza reduz o risco de complicações respiratórias e de pneumonia. São necessárias duas semanas para que o imunizante comece a fazer efeito. A ação acontece sempre no outono para oferecer proteção no inverno, quando ocorre maior circulação do vírus.


Como os vírus da gripe têm diferentes mutações e variantes, é necessário o desenvolvimento a cada ano de novas vacinas específicas para a cepa em circulação.


A vacinação contra o coronavírus teve início em 2021. Alguns especialistas acreditam que, como se trata de um vírus respiratório, a imunização deverá passar a ocorrer anualmente.


O estado de São Paulo superou nesta quinta-feira (29) a marca de mais de 10 milhões de pessoas com esquema vacinal completo contra a Covid-19, composto por duas doses no caso dos imunizantes do Butantan/Coronavac, Fiocruz/Astrazeneca/Oxford e da Pfizer, ou por dose única da Janssen.


São 9 milhões de vacinados com a segunda dose e 1 milhão com a dose única. O balanço também aponta mais de 26 milhões de aplicações de primeira dose.


Os dados indicam que 76,9% da população adulta residente no estado já recebeu ao menos uma dose da vacina.

Como as duas campanhas de vacinação -contra a gripe e a Covid-19- coincidem, a orientação é priorizar a vacina contra a Covid-19 e respeitar o intervalo mínimo de 14 dias entre quaisquer das doses das duas vacinas.


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