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Secretário descarta um dos casos suspeitos de coronavírus no Paraná

29 jan 2020 às 06:57

A Secretaria de Estado da Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba informam que foram notificadas dois casos suspeitos de Coronavírus no Paraná na terça-feira (28). Um dos pacientes é um homem de 29 anos e o outro é uma mulher de 23 anos.

Ambos estão internados em isolamento, conforme o protocolo do Ministério da Saúde, e com acompanhamento para avaliação médica e realização de exames clínicos e laboratoriais para confirmação ou descarte da suspeita da doença.


O homem veio à Curitiba a trabalho e procurou assistência médica em um hospital privado e segue internado. A mulher é moradora de Curitiba, foi até uma Unidade de Pronto Atendimento e encaminhada para internamento no Hospital das Clínicas.


Os dois viajaram à China nos últimos dias e estão em monitoramento.


Na manhã desta quarta-feira (29), o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, em entrevista ao programa Bom Dia Paraná, da RPC, afirmou que um dos casos suspeitos de coronavírus foi descartado na noite de terça. O homem de 29 anos natural de Fortaleza (CE) estava internado para investigação. Por outro lado, o caso da mulher de 23 anos segue sob análise.


Desde a última sexta-feira (24) a Secretaria de Estado da Saúde vem adotando medidas de prevenção e cuidados para controle do Novo Coronavírus no Paraná, assim como a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba.


As duas secretarias informam que o Paraná não é considerada região em nível elevado de contaminação.


No último dia 24 de janeiro, foi emitida uma Nota Informativa com recomendações para que profissionais de Saúde adotem medidas preventivas, seguindo orientação da Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde.


A Nota Informativa destaca que é prudente adotar os cuidados básicos de higiene para reduzir o risco geral de infecções respiratórias agudas.


Em humanos, o novo Coronavírus pode ser transmitido pelas gotículas respiratórias, por tosse e espirros em curta distância, sendo também transmitido por objetos contaminados.


O vírus pode se disseminar no ar, afetando principalmente pessoas com a imunidade debilitada.


No caso de sintomas sugestivos de doença respiratória, as pessoas devem procurar atendimento médico e compartilhar o histórico de viagens.


O período de incubação do vírus é de cerca de 2 a 7 dias, podendo chegar a 16 dias.


Em casos mais leves podem parecer sintomas como os da gripe ou resfriado comum (tosse, febre e dificuldade para respirar). Casos mais graves podem evoluir para pneumonia ou síndrome respiratória aguda grave.


Brasil


O Ministério da Saúde confirmou no fim da tarde de terça que o Brasil tem mais dois casos suspeitos de coronavírus. Além de uma estudante de 22 anos, que está internada em Belo Horizonte, o outro caso está em Porto Alegre (RS).


Segundo o ministério, esses pacientes se enquadram na atual definição de caso suspeito. Eles apresentaram febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório; além de terem viajado para a China, país onde a contaminação teve início, nos últimos 14 dias. O ministério não ofereceu maiores detalhes sobre os casos.


Dados do ministério apresentados na manhã desta terça-feira mostraram que, no período de 3 a 27 de janeiro, foram analisados 7.063 suspeitas de pessoas com coronavírus no Brasil. Desses, 127 exigiram a verificação mais detalhada e apenas o caso da estudante em Belo Horizonte havia sido enquadrado como suspeita.


Diante da epidemia que tem se espalhado rapidamente pela Ásia e atingindo também países da Europa e da América do Norte, o ministério recomenda que os brasileiros evitem viagens à China. O ministro Luiz Henrique Mandetta pediu para que as viagens apenas sejam realizadas se forem necessárias.

"Nós desaconselhamos e não proibimos as viagens para a China. Não se sabe, ainda, qual é a característica desse vírus que é novo; sabemos que ele tem alta letalidade. Não é recomendável que a pessoa se exponha a uma situação dessas e depois retorne ao Brasil e exponha mais pessoas. Recomendamos que, não sendo necessário, que não se faça viagens, até que o quadro todo esteja bem definido”, disse durante a coletiva.


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