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Secretaria Estadual de Saúde recomenda cuidado com águas-vivas no litoral

21 dez 2015 às 14:38

A Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) está monitorando o comportamento das águas-vivas no litoral paranaense. O objetivo é avaliar o risco de aumento no número de casos de acidentes com esses animais, sobretudo por conta da chegada dos veranistas para a temporada de verão.

Dados preliminares apontam que não há surto na região e o número de animais encontrados nas praias está dentro do normal para a época. "Mesmo assim, a recomendação é que os banhistas fiquem atentos e sempre busquem entrar na água em locais cobertos por guarda-vidas", afirma a chefe da Divisão de Zoonoses e Intoxicações da Secretaria da Saúde, Tânia Portella.


Desde o dia 8 de dezembro, nove acidentes com águas-vivas foram registrados nas praias paranaenses. Os casos aconteceram em balneários de Pontal do Paraná (6) e Matinhos (3). As informações são do Corpo de Bombeiros, responsável pelo primeiro atendimento às vítimas.


Segundo Tânia, a tendência é que esse número aumente nas próximas semanas. "As águas-vivas estão em seu habitat natural e por isso o que podemos fazer é monitorar as condições da água e orientar os veranistas sobre o local adequado para se banhar com segurança", explica Tânia.


PESQUISA – Na última semana, técnicos da Secretaria da Saúde percorreram alguns pontos estratégicos no litoral para identificar a presença de águas-vivas. Em Superagui e na Ilha das Peças (Guaraqueçaba), centenas de animais mortos foram encontrados na orla. "Houve locais que contamos cerca de 90 águas-vivas em uma faixa de 300 metros de areia", detalha o biólogo da Sesa Emanuel Marques da Silva, especialista neste tipo de monitoramento.


De acordo com ele, isso mostra que, por enquanto, há uma concentração de águas-vivas no litoral norte do Paraná, não afetando tanto os balneários preferidos pelos paranaenses em Pontal do Paraná, Matinhos e Guaratuba. "Visitamos também essas praias com maior movimento e ainda não há relatos de situações que fujam da normalidade", complementa o biólogo.

HISTÓRICO –
Na Operação Verão passada (2014/2015), os guarda-vidas do Corpo de Bombeiros atenderam 2.481 casos de acidentes com águas-vivas nas praias do Estado. O número foi bem menor que na edição 2013/2014, quando 17.846 ocorrências tinham sido notificadas. "É bem difícil prever como será neste ano. Isso depende muito do clima, das correntes marítimas e da quantidade de pessoas na praia", revela o especialista.


O serviço de monitoramento também conta com o auxílio dos pescadores da região. A equipe da 1ª Regional de Saúde de Paranaguá está em contato com esses trabalhadores para verificar como as águas-vivas estão se comportando em alto mar.


ASSISTÊNCIA – Como ação preparatória da Operação Verão, a 1ª Regional de Saúde de Paranaguá realizou neste mês de dezembro uma série de capacitações para qualificar o atendimento a acidentes com animais peçonhentos, que inclui águas-vivas. O curso foi direcionado a profissionais de hospitais e unidades de saúde de Antonina, Pontal do Paraná, Matinhos e Guaratuba.

Mais de 200 pessoas participaram dos eventos, que abordaram aspectos sobre a biologia dos animais e os protocolos indicados para o tratamento das vítimas.


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