O que sobrou para o porteiro Adilson Ferreira da Silva, 56, foi apenas o papel comprovando o agendamento da segunda dose da vacina contra a Covid-19. A aplicação, no entanto, não aconteceu. Morador da zona leste de Londrina, ele foi até o Centro de Imunização da Zona Norte no final de setembro para completar o esquema vacinal com a Pfizer. No entanto, ao chegar ao lugar, foi surpreendido com a informação de que constava no sistema que ele já estava imunizado.
“Fomos eu e minha esposa. Ela tomou e eu não consegui. No sistema apareceu que eu tinha tomado em Arapongas (Região Metropolitana de Londrina), mas não estive lá. Usaram meu nome e CPF e tomaram essa vacina. Fui na data marcada, no entanto, deu tudo errado. Gastei dinheiro com aplicativo, empresa liberou mais cedo. Fui contente, mas cheguei lá e foi essa decepção”, desabafou.
Segundo Silva, ele assinou um termo garantindo que não havia sido vacinado com a segunda dose. Ao procurar novamente a Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, teria sido informado de que não poderia ser imunizado. Diante da falta de solução, ele registrou um boletim de ocorrência nesta sexta-feira (8) na delegacia.
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O morador foi ouvido pelo delegado de Estelionatos, que deverá encaminhar os documentos e o relato à Polícia Civil de Arapongas para abertura de inquérito. “A Secretaria de Saúde tem que pecar pela ação e não pela omissão. O nosso medo é que ao encaminhar para Arapongas, quanto tempo pode demorar esse inquérito para tramitar e chegar numa conclusão? Essa vítima vai passar quanto tempo sem essa segunda dose?”, questionou Edgard Soriani.
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