Confira as principais orientações para garantir qualidade de vida e longevidade dos dentes
A saúde bucal é preciosa para uma melhor qualidade de vida em diversos aspectos e por isso é tão importante desde a infância. Os cuidados (ou a falta deles) geram impactos no organismo como um todo. Em algumas situações, a gravidade só é percebida lá na frente, na fase da melhor idade, por não terem dado atenção necessária ao longo da vida ou por falta de recursos financeiros.
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Diversos estudos mostram que pacientes que têm todos os dentes bem posicionados e saudáveis conseguem se alimentar melhor e triturar com mais eficácia os alimentos. Dessa forma, disponibilizam mais nutrientes ao organismo, se comparado àqueles que têm ausências dentais e acabam selecionando uma alimentação mais pastosa, com poucas fibras, por conta da dificuldade de mastigar.
Além das questões nutricionais, que podem acarretar em perda de peso e uma saúde mais frágil, de modo geral, há os impactos emocionais. “As pessoas que estão felizes com o sorriso, sorriem com mais facilidade e têm um melhor relacionamento interpessoal, porque elas não têm vergonha ou receio de sorrir e se socializar”, avalia o professor e dentista Dr. Fabiano Nava, especialista em implante dentário da Odhos Odontologia.
A solução para os idosos, na maioria das vezes, é recorrer aos implantes. Na faixa etária dos 65 aos 74 anos, 37,5% dos brasileiros precisam de prótese superior e 28% da prótese inferior, segundo dados preliminares da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal, divulgados em julho deste ano e que estão sendo finalizados pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na mesma faixa, 45% deles precisam de atendimentos eletivos ou urgentes.
Muitas vezes, a própria prótese, que deveria contribuir com a qualidade de vida do idoso, acaba atrapalhando em muitos casos, destaca Nava. “A gente vem percebendo que esses idosos que usam a prótese total superior ou inferior, que é aquela que cobre todo o céu da boca, acabam tendo uma dificuldade maior de alimentação e absorção de nutrientes, porque dificulta realmente a trituração dos alimentos e não há muita estabilidade na boca”, diz.
Este público, de acordo com Dr. Fabiano, pode buscar por soluções mais modernas e duradouras, que ajudam a melhorar o aspecto nutricional e, inclusive, de autoestima. “Hoje temos um tipo de prótese que é como se fosse uma dentadura implantossuportada (fixa). Ela não tem o céu da boca. Com isso, os idosos têm uma força mastigatória muito maior e uma absorção muito melhor do sabor dos alimentos. A gente ouve relatos lindos de que substituíram a prótese e não têm que ficar removendo, não há perigo de comer alguma coisa e ela soltar, estão sorrindo sem ela balançar na boca e até voltaram a comer aquele churrasco, que não conseguiam mais”, comenta o dentista.
Cuidados diários
A qualidade e longevidade da saúde bucal dependem dos cuidados diários de limpeza em todas as fases da vida. A escovação dos dentes deve ser feita ao menos três vezes ao dia, de 30 a 40 minutos após as refeições. A espera é essencial, pois evita o surgimento de problemas e garante a preservação da saúde bucal, explica Nava.
“Quando a gente se alimenta, a tendência é que o Ph bucal se torne um pouco mais ácido, especialmente com o consumo de refrigerante, uma bebida mais ácida e mesmo suco. Se escovamos os dentes logo após, isso deixa o ambiente ainda mais ácido, aumentando as chances de proliferação de bactérias, contribuindo com a formação de cáries”, destaca o profissional.
O uso do fio dental deve acontecer da mesma forma, pelo menos uma vez ao dia, se não for possível aliado a cada escovação, e de preferência antes dela. “Use sempre escova macia e faça movimentos leves e circulares”, orienta o dentista.