CPI da Covid
O verão chegou e, com ele, o sol e as altas temperaturas são convites para praia, piscina e exercícios na academia ou ao ar livre. Nesta época do ano, é importante se atentar para os cuidados com as partes íntimas, que podem ser afetadas por doenças como frieira e candidíase, decorrentes do suor e da umidade nas peças de roupa.
A ginecologista e obstetra Patrícia de Rossi explica que a pele tem uma camada de proteção que, em contato com a água ou com o suor, fica úmida e tende a perder a capacidade de defesa. "O atrito causa ainda desconforto na região íntima que ficou em contato com o suor e pode ficar 'assada'".
A roupa molhada, seja na praia ou na academia, causa irritação e a umidade em contato com a região íntima favorece a infecção por fungos. Isso acontece porque os fungos se proliferam nas regiões quentes e úmidas."
A infecção por fungos, conhecida como candidíase, provoca irritações, vermelhidão, ardor, coceira, sensibilidade na área genital, fissuras e corrimento. Para que isso não aconteça, é importante trocar as roupas e evitar usar peças íntimas molhadas.
Se a região apresentar uma irritação leve, faça compressas com chá de camomila frio ou gelado no local, para aliviar a irritação. Também é aconselhável lavar as roupas íntimas com sabão neutro se a pessoa tem tendência a alergias. Se for uma infecção por fungos com os sintomas descritos, é preciso procurar um médico.
Em caso de candidíase, doença que atinge 70% das mulheres pelo menos uma vez na vida, o tratamento é feito com medicamentos por via oral ou vaginal. Patrícia de Rossi indica ainda o uso de roupas frescas e sugere evitar roupas muito justas, feitas de lycra e látex. "Dê preferência para peças de algodão e fibras que permitam que a pele respire", adverte.
Outros fatores, como estresse, menopausa, obesidade, diabetes, gestação e imunodepressão, também podem diminuir a resistência do organismo ou agravar um quadro de infecção. "Constatamos que quem tem mais infecção por candidíase são mulheres diabéticas, gestantes, com imunodepressão, ou mulheres obesas, pois a gordura corporal é um obstáculo para a respiração da pele", revela Patrícia.