Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Contra Covid-19

Queiroga apela na OMS para que países com doses extras de vacina ajudem o Brasil

Folhapress
30 abr 2021 às 15:18

Compartilhar notícia

- Pixabay
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade


Um dia depois de o país ultrapassar a marca de 400 mil mortes pelo coronavírus, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga fez um apelo para que outras nações compartilhem as suas doses extras da vacina contra a Covid-19 ao Brasil.

O pedido de Queiroga ocorreu nesta sexta-feira (30), na coletiva de imprensa da OMS (Organização Mundial de Saúde) que analisou as consequências da pandemia nas Américas.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


A ajuda internacional seria fundamental, segundo Queiroga, para o país "avançar na sua ampla campanha de vacinação" e conter "a proliferação de novas linhagens e variantes do vírus".

Leia mais:

Imagem de destaque
Alerta

Ministério da Saúde e Anvisa fazem campanha contra Mpox em portos e aeroportos

Imagem de destaque
Entenda

Após vaivém, Saúde recusa oferta de vacina atualizada da Covid por falta de registro da Anvisa

Imagem de destaque
Será?

Homem viciado em refrigerante diz que ficou dez anos sem beber água

Imagem de destaque
Lançada nesta quarta

Plataforma dá mapa para acesso ao aborto em casos de feto incompatível com a vida


Queiroga, no entanto, não abordou em sua fala as 400 mil mortes registradas nesta quinta-feira (29) pelo Brasil –o segundo país, depois dos Estados Unidos, a bater esse número de óbitos na pandemia.

Publicidade


Coube ao diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, o registro das 400 mil vidas perdidas para a Covid-19. Ele enfatizou que a pandemia pode recrudescer os avanços obtidos pela saúde pública brasileira dos últimos 30 anos.


"O Brasil tem uma longa e orgulhosa história da saúde pública, com três décadas de investimento no fortalecimento da saúde primária e progresso em relação à cobertura universal de saúde. Mas a pandemia atingiu o sistema de saúde do Brasil em cheio, e arriscamos perder essas conquistas", disse o diretor da OMS.

Publicidade


Quarto ministro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), Queiroga tem um discurso mais modulado, em que reafirma seu apreço à ciência, mas ainda não promoveu grandes mudanças na gestão da pandemia.


Na OMS, o ministro disse que, desde que assumiu o cargo, vem buscando soluções para acelerar a vacinação da população e ampliar as orientações sobre as medidas profiláticas contra o coronavírus já confirmadas pela ciência.

Publicidade


"Eu me comprometi com a aceleração da vacinação e busquei orientar a população brasileira, de maneira clara e objetiva, sobre as medidas não farmacológicas cientificamente comprovadas: uso de máscara, lavagem das mãos e respeito ao distanciamento social", afirmou.


Até esta quinta-feira, o país havia aplicado a primeira dose contra a Covid-19 em 14,74% da população; outros 7,15% receberam a segunda dose, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa.

Publicidade


Queiroga afirmou ainda que o Ministério da Saúde deve, muito em breve, assinar um contrato com a Pfizer para adquirir mais de 100 milhões de doses de vacina. Na noite desta quinta, o primeiro lote do imunizante desembarcou no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), com 1 milhão de doses, o que corresponde a 1% do total previsto.


O ministro esteve presente no aeroporto durante a entrega do primeiro lote, exaltou o esforço e o empenho do governo Bolsonaro em trazer as vacinas ao Brasil, mas não mencionou o fato de a atual gestão ter recusado as sucessivas ofertas da Pfizer ainda em 2020.

Publicidade


Além de dizer que o país possui doses suficientes para o segundo semestre, apesar de registros de falta de vacina em várias partes do país, o ministro ainda divulgou uma meta. "É possível garantir que até o fim de 2021 tenhamos a nossa população inteiramente vacinada", disse.


De acordo com o painel Monitora Covid-19, da Fiocruz, mantendo-se o atual ritmo de vacinação, serão necessários mais 1.694 dias para que toda a população maior de 18 anos do país receba as duas doses do imunizante. Ou seja, apenas em 2023 a população que precisa ser vacinada neste ano terá de fato recebido as duas doses.

Publicidade


Pesquisa Datafolha, de março, também mostrou que 76% dos brasileiros achavam que a vacinação brasileira contra a Covid-19 estava mais lenta do que deveria.


Na OMS, Queiroga também exaltou o trabalho da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Butantan que, segundo ele, vem produzindo "a totalidade das vacinas usadas hoje na imunização dos brasileiros contra a Covid-19".


Envasada no Butantan, a Coronavac teve a sua eficácia colocada em dúvida pelo presidente Bolsonaro por causa de sua origem chinesa (algo que o ministro Paulo Guedes ecoou nesta semana) e, por causa dela, travou uma guerra com o governador João Doria (PSDB), seu ex-aliado de palanque que adquiriu o produto.


Queiroga também aproveitou o encontro da OMS para falar sobre a quebra de patentes das vacinas contra a Covid-19. "Entendemos que a imunização deve ser considerada um bem global".


O diretor-geral da OMS enfatizou que os olhos do mundo estão hoje direcionados à Índia, país que enfrenta uma escalada de casos e óbitos de Covid-19 inédita na pandemia, mas que outras nações, a exemplo do Brasil, ainda estão vivendo uma transmissão preocupante.


O representante da Organização Mundial de Saúde lembrou que o Brasil sofreu uma crise aguda de casos, internações e óbitos principalmente entre a população mais jovem. "Os casos agora diminuíram por quatro semanas seguidas, hospitalizações e mortes também. São boas notícias, esperamos que continuem", afirmou.


Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou ainda que o Brasil fez um bom trabalho nas áreas de detecção precoce da doença, telemonitoramento de casos e ao priorizar a vacinação dos profissionais da saúde, dos povos indígenas e das pessoas mais velhas.

E deixou um alerta: "A pandemia nos ensinou que nenhum país pode baixar a guarda".


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo