Uma projeção de um centro de estudos ligado à Universidade de Washington, nos Estados Unidos, aponta que o Brasil chegará a mais de 560 mil mortes por Covid-19 até o dia 1º de julho.
O país acumula atualmente 330.193 óbitos na pandemia, segundo o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), porém a média de mortes vinha crescendo de forma quase ininterrupta até o feriado da Semana Santa, que derrubou os números devido à redução da força de trabalho nos laboratórios.
De acordo com o IHME (Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde), centro de estudos da Universidade de Washington que vem fazendo projeções confiáveis sobre a pandemia, o Brasil vai chegar a 562.863 mortes por Covid-19 no dia 1º de julho.
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No entanto, o IHME aponta que, no pior cenário, que prevê queda dos índices de isolamento entre pessoas vacinadas, a projeção é de 597.790 óbitos causados pelo novo coronavírus até 1º de julho. Já na projeção mais otimista, com uso de máscaras em público por 95% das pessoas, essa cifra seria de 507.752 mortes.
No cenário atual, o Brasil vai ultrapassar os EUA em números absolutos de mortes por Covid em agosto e em cifras relativas, que levam em conta o tamanho da população, em meados de abril.
Contudo, talvez o próprio IHME tenha de rever suas projeções. E para pior. O instituto previa que o Brasil atingiria o pico de mortes diárias em 24 de abril, com cerca de 4 mil óbitos, porém o país já bateu a marca de 3.869 em 31 de março - no pior cenário traçado pelo IHME, essa cifra só seria superada em 23 de abril.
Além disso, o instituto projeta que o país terá cerca de 100 mil mortes apenas neste mês, independentemente do cenário.