A Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) e a Prefeitura de Londrina vão
contrariar a posição do Ministério da Saúde e não irão pedir prescrição
médica para vacinação contra Covid-19 de crianças de 5 a 11 anos. Na
semana passada, o ministro Marcelo Queiroga disse que o ministério iria
deixar “as famílias tranquilas para que possam, livremente, optar por
vacina ou não seus filhos, após a orientação do médico e a assinatura do
termo de consentimento livre esclarecido.”
Durante evento da prefeitura, nesta segunda-feira (27), o
prefeito Marcelo Belinati foi questionado pela imprensa sobre o
assunto. Ele foi taxativo na resposta e reforçou o posicionamento que adiantou por meio das redes sociais dias antes.
“O objetivo (de pedir prescrição médica) é muito claro: trata-se de uma
questão política e ideológica para atrasar a vacinação. O mundo inteiro
liberou a vacinação de criança, órgãos técnicos de saúde liberaram,
inclusive a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Não tem
sentido nenhum”, elencou.
O chefe do Executivo municipal também frisou a importância da vacinação, independentemente do público. “Mais de dez milhões de crianças já foram vacinadas no mundo e não temos relatos de reações graves. A maneira de prevenir o avanço da pandemia é se vacinando. Só não vê quem não quer. Quanto mais vacina, menos casos, internações e menos mortes.”
Por meio de nota encaminhada à FOLHA, a Sesa afirmou que
“o Estado defende a ampliação da vacinação para toda a população,
inclusive, com a expectativa de que o Ministério da Saúde reveja a
posição” em relação à imunização de crianças. “O Paraná não vai exigir
receita médica”, aponta o texto.
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