O setor de planos de saúde espera fechar o balanço do ano de 2021 com alta de 2,8% no número de clientes, seu melhor desempenho desde 2013. Se confirmada a projeção, os convênios terão se aproximado da marca de 49 milhões de beneficiários de planos médico-hospitalares -o maior patamar desde dezembro de 2015.
A estimativa é da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), entidade que representa os principais grupos de operadoras de planos de saúde do país. A conta final será fechada nas próximas semanas.
Com a pandemia da Covid-19, o segmento passou a ganhar usuários mês a mês de forma contínua, após anos de perda. Foram 2,2 milhões de novas adesões desde junho de 2020, totalizando 48,6 milhões de clientes até meados de dezembro do ano passado.
O movimento, segundo a diretora-executiva da FenaSaúde, Vera Valente, reflete a "busca natural por segurança" em um momento de crise sanitária. A pandemia também impulsionou a valorização do SUS (Sistema Único de Saúde), universal e gratuito -sobretudo em relação à vacinação.
"Maior concorrência, planos mais acessíveis, segmentação de coberturas e melhor eficiência operacional são medidas que podem ajudar a ampliar ainda mais o acesso à saúde para a população brasileira em 2022", diz Vera sobre o segmento privado.