De 2002 a 2005, aumentou em 17,8% o número de estabelecimentos de saúde no país. Em 2002, 146 cidades não tinham unidades de saúde e, em 2005, apenas seis dos 5.564 municípios brasileiros não possuíam este tipo de estabelecimento. Nesse mesmo período, a terceirização cresceu em todas as regiões, principalmente no Nordeste.
O setor público está mais presente no Norte e Nordeste. As informações são da pesquisa Estatísticas da Saúde Assistência Médico-Sanitária 2005, realizada pelo IBGE, com o apoio do Ministério da Saúde, que revela ainda que existem 2,9 postos médicos para cada mil habitantes. Outro destaque da pesquisa foi a oferta de equipamentos de mamografia e ultra-som, que cresceu em todas as regiões, principalmente no Norte e Nordeste.
A AMS 2005 investigou todos os estabelecimentos de saúde existentes no país, públicos ou privados, com ou sem fins lucrativos, em regime ambulatorial ou de internação.
Entre 2002 e 2005, houve um acréscimo de 17,8% no número de estabelecimentos de saúde em atividade, que passou de 65.343 para 77.004. O universo total pesquisado apontou 83.379 unidades, sendo 3.606 desativadas e 2.769 extintas.
Rede privada causa redução no número de leitos
O número de leitos apurados foi de 443.210, sendo 148.966 (33,6%) públicos e 294.244 (66,4%) privados. Entre 2002 e 2005, houve um decréscimo de 27.961 leitos, equivalente a uma redução de 5,9% no total de leitos, ou uma taxa de declínio de 2,0 % ao ano.
A queda do número de leitos concentra-se no setor privado e ocorreu em todas as regiões sendo a perda anual neste período de 3,2%. Do total de leitos privados, 82,1% pertencem a estabelecimentos que informaram prestar atendimento ao SUS. Em contrapartida, no setor público, houve um crescimento de 1,8% no mesmo período, com 17.189 leitos federais, 61.699 estaduais e 70.078 municipais. No entanto, apenas nas regiões Norte e Centro-Oeste, a oferta de leitos públicos acompanhou o crescimento populacional. A Região Norte é a que possui maior percentual de leitos públicos (57,7%), seguida das Regiões Nordeste (45,3%) e Centro-Oeste (36,6%). Na Região Sudeste, a proporção é de 27,9% e a Região Sul possui o menor percentual, 19,9%.
A relação leito por 1.000 habitantes, em 2005, foi de 2,4. Em 2002, esse índice era de 2,7. O parâmetro indicado pelo Ministério da Saúde é de 2,5 a 3 leitos por 1.000 habitantes. Coube ao setor privado a maior queda nesse índice (4,9% ao ano). No setor público, o declínio foi de 1,2%.