O Governo do Paraná deve submeter à Anvisa dentro dos próximos trinta dias o protocolo de validação para a fase 3 de estudos clínicos da vacina russa no País. Depois de aprovado, a previsão é que o início dos testes aconteça em mais 15 dias. Deverão ser testadas no mínimo 10 mil pessoas no Brasil, com prioridade para profissionais de saúde.
Nesta quinta-feira (27), o chefe da Casa Civil, Guto Silva, e o diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Jorge Callado, participaram, em Brasília, de reuniões com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Embaixada Russa no Brasil para agilizar o processo de aprovação dos testes pelos órgãos regulatórios nacionais.
Pela manhã a comitiva paranaense conversou com o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, para ajustar os termos do protocolo. No início da tarde, o encontro foi com o embaixador russo no Brasil, Sergey Akopov, ocasião na qual foram tratadas questões técnicas para o início dos testes e eventual produção da vacina pelo Tecpar.
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"Nossa prioridade, agora, é aprovar os estudos clínicos no Brasil. Este é o primeiro passo para a entrada da vacina no País e estamos trabalhando nisso com muito cuidado, transparência e dentro de todos os parâmetros científicos exigidos”, afirmou o chefe da Casa Civil.
INFORMAÇÕES – De acordo com o diretor-presidente do Tecpar, o laboratório russo já enviou informações sobre a vacina, que estão protegidas pelo termo de confidencialidade já assinado entre as partes. "Todas essas informações serão submetidas à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e à Anvisa”, disse.
Caso as avaliações e aprovações aconteçam dentro do prazo esperado, Callado acredita que o Paraná poderá começar a testagem em 45 dias, inicialmente com 10 mil voluntários. O número final só será definido após a conclusão do protocolo de validação.
ENTENDIMENTO – As conversas com a Rússia para uma parceria nos estudos e produção da vacina começaram no final de julho. Em 12 de agosto, o Governo do Paraná firmou um memorando de entendimento com o Fundo de Investimento Direto da Rússia para ampliar a cooperação técnica sobre a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo Instituto Gamaleya.
Na sequência, equipes do Tecpar e do Instituto Gamaleya assinaram o termo de confidencialidade, passaram a trocar informações e a desenvolver o protocolo de validação, a primeira etapa de todo o processo. As etapas seguintes incluem a organização e início dos testes, o registro e a produção da vacina no Paraná.
Para coordenar as atividades de pesquisa da vacina o governador Carlos Massa Ratinho Junior instituiu o Comitê Técnico Interinstitucional de Cooperação para Pesquisa, Desenvolvimento, Testagem, Fabricação e Distribuição de Vacina contra Sars-CoV-2 (Covid-19) - comitê coordenado pela Casa Civil.