O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), um dos três laboratórios que vai desenvolver produtos monoclonais estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS), ficou responsável por atender 50% da demanda do Ministério da Saúde em quatro medicamentos. A nova distribuição da produção de medicamentos monoclonais e insumos biológicos no País por meio de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) já foi divulgada pelo ministério.
O objetivo dessa distribuição é organizar, entre Fiocruz/Biomanguinhos, Instituto Butantan e Tecpar – laboratórios com maior expertise no tema –, a elaboração de produtos biológicos estratégicos para o SUS.
A organização entre essas instituições de pesquisas irá facilitar o processo de fabricação de insumos para o tratamento de artrite, câncer e doenças autoimune, por exemplo.
Com a nova distribuição, o Tecpar vai atender a 50% da demanda com os monoclonais Bevacizumabe, Infliximabe e Trastuzumabe, além do Etanercepte. De acordo com o diretor-presidente do Tecpar, Júlio C. Felix, essa distribuição é importante tanto para os laboratórios quanto para a pasta por reunir medicamentos por plataforma. "Agora, nosso desafio é implementar esses projetos que vão trazer mais autonomia ao SUS", diz.
Segundo o ministério, os demais laboratórios públicos serão especializados em outras sete plataformas: síntese química, hemoderivados, doenças raras, fitoterápicos, doenças negligenciadas, produtos para a saúde e medicina nuclear. O objetivo da especialização dos laboratórios por meio da Nova Política de Plataformas Inteligentes de Tecnologia em Saúde é oferecer competitividade, escala de comercialização dos produtos e capacitação dos pesquisadores.
A expectativa do Ministério da Saúde é que haja um investimento privado de R$ 6,4 bilhões, a construção de pelo menos três novas fábricas, geração de mais de 7,4 mil vagas de empregos qualificados, além do envolvimento de cerca de 450 doutores especializados em pesquisas para auxiliar o desenvolvimento de medicamentos e produtos para a saúde.