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ONG desenvolve projeto para ampliar atendimento a autistas

01 abr 2015 às 16:11

Estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que o autismo atinge mais de 2 milhões de brasileiros. No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, comemorado na quarta-feira (2), a ONG curitibana Ação Social para a Igualdade de Diferenças (ASID), projeto criado na Universidade Federal do Paraná (UFPR), alerta para a necessidade da criação de políticas de saúde pública para o tratamento e diagnóstico do transtorno, que afeta a comunicação, a socialização e o comportamento do ser humano.

Segundo estudos da Associação de Amigos do Autista (Ama), apenas 10% de 1 milhão de brasileiros diagnosticados com o transtorno recebem algum tipo de tratamento.


Com o objetivo de reduzir a fila de espera de centenas de famílias que aguardam vagas nas instituições especializadas no atendimento ao autista em Curitiba, a ASID desenvolveu o Projeto Ideação, metodologia criada pela ONG que visa atender grupos de pessoas que querem criar uma entidade para beneficiar a pessoa com deficiência, mas que necessitam de apoio para criá-la e desenvolvê-la.


O projeto de gestão e captação de recursos já começou a ser aplicado na Associação de Atendimento e Amparo ao Autista (Aampara), com o objetivo de ampliar o número de atendimentos com a oferta de fonoaudiologia, psicologia e terapia ocupacional.


A Aampara é a única entidade filantrópica em Curitiba especializada no atendimento ao autista e foi estruturada com o auxílio da ASID, que desenvolveu um projeto de gestão que permitiu à idealizadora da iniciativa, Rosimere Benites, alugar um espaço e dar início aos trabalhos.


A Aampara oferece hoje terapia ocupacional a autistas, com foco na relação mãe-filho e ampliação da participação social. A associação conta com o voluntariado de acadêmicos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), orientados por professores do curso de Terapia Ocupacional, e equipe técnica composta por terapeuta ocupacional e psicóloga.


"A Asid está estruturando a gestão e auxiliando a Aampara na captação de recursos. Eles existem juridicamente, mas a gestão é ainda muito simples. Estamos reestruturando a entidade de forma que eles conquistem a autonomia", explica Alexandre Amorim, diretor de Projetos da ASID. Quem quiser contribuir com o trabalho da Asid pode se tornar um Investidor Social. Acesse o site www.asidbrasil.com.br e saiba como ajudar a educação especial.


Sobre a Asid


A Asid começou como um trabalho de graduação na UFPR, no ano de 2008. Foi ideia de Alexandre Amorim, aluno do curso de Administração, que se inspirou na sua própria irmã, que tem Síndrome de Down. Na época, ele constatou a dificuldade destas instituições na parte de gestão administrativa e captação de recursos, que resultavam na baixa qualidade de ensino e falta de vagas nas instituições para pessoas com deficiência de Curitiba.


Junto com Luiz Hamilton Ribas, ex-aluno de Economia, o projeto foi ganhando corpo e, dentro da Empresa Júnior, encontrou a base para ser aplicado. Mais tarde, em 2010, Diego Tutumi Moreira, aluno de Economia, se juntou ao grupo da ASID como um dos fundadores.


O trabalho é totalmente gratuito para as instituições. Depois da aplicação do Índice de Desenvolvimento da Educação Especial (IDEE), metodologia desenvolvida pela ONG que permite elaborar o diagnóstico de cada instituição que atende a pessoa com deficiência, a ASID traça o plano de ação.

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