Uma medida implantada pelo Hospital do Idoso Zilda Arnsde Curitiba, está garantindo mais agilidade na assistência ao paciente que utiliza sonda nasoenteral (tubo plástico inserido nas narinas para levar água, alimentos e medicação ao intestino).
Antes, apenas médicos solicitavam exame radiológico para a confirmação da localização do dispositivo. Com a alteração da rotina, desde setembro enfermeiros também estão capacitados para exercer essa atividade. A prescrição e a realização de exames pela equipe de enfermagem é permitida pela Lei Federal 7.498, de 1.986.
Nos três primeiros meses de implantação da medida, com a ampliação do número de profissionais aptos a fazer a avaliação, o tempo para liberação da dieta ou da recolocação do dispositivo – que antes podia levar até 12 horas – está sendo feito em três horas.
O perfil dos pacientes do Hospital Zilda Arns justifica a mudança no procedimento: tem um número elevado de pacientes que necessitam do dispositivo, o que exige uma resposta mais rápida. "A média de internados com sonda pode chegar a 30%, em outros hospitais é inferior a 15%", diz a coordenadora de Enfermagem do Centro Cirúrgico, Sirleide Gomes Alvim.
Falhas do posicionamento do equipamento não são comuns, mas, caso ocorram, podem trazer complicações graves à saúde. "O idoso geralmente apresenta uma motilidade [movimento que o estômago faz para levar a sonda até o intestino] diminuída; por isso, quanto mais tempo esperamos para avaliar a colocação, maior o tempo para liberação da dieta", diz Sirleide.
Nasoenteral
A sonda nasoenteral é um tubo de poliuretano ou silicone que é inserido na narina até chegar o intestino para administração de água, alimentos e medicação. É indicada para pessoas com impossibilidade de se alimentar pela via oral, mas que possuam a função do trato intestinal parcial ou totalmente ativas.