O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio da Promotoria de Proteção à Saúde Pública de Curitiba, enviou nesta terça-feira (26) um pedido à Polícia Civil para que abra um novo inquérito sobre o caso das mortes no Hospital Evangélico de Curitiba. As novas investigações vão ocorrer sobre suspeitas de outras pessoas que podem estar envolvidas no caso.
O requerimento de um novo inquérito foi entregue ao Núcleo de Repressão aos Crimes contra a Saúde (Nucrisa), departamento da Polícia Civil que realizou as primeiras investigações, que resultaram na prisão da médica Virgínia Soares, ex-chefe da UTI do Hospital Evangélico, acusada de coordenar as mortes de pacientes no setor.
Na segunda-feira (25), o MPPR já havia pedido na Justiça o retorno da médica para a prisão. Ela foi solta no dia 20 de março, por determinação da 2ª Vara do Júri de Curitiba. O MPPR, no pedido feito à Justiça, alega que a médica poderia dificultar as investigações e testemunhas e outras pessoas investigadas poderiam sofrer intimidação ou pressão.
Sindicância - o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) emitiu nota oficial sobre os procedimentos de investigação feitos pelo órgão sobre as suspeitas de antecipação de mortes ocorridas no Hospital Evangélico de Curitiba. Segundo o órgão, a sindicância está em fase avançada de análise dos autos.
A sindicância, informa a nota, segue "critérios técnicos, éticos e científicos" e, quando for concluída, será feito o relatório final. De acordo com as investigações, poderá ou não ser comprovada alguma infração ao Código de Ética Médica. O relatório será entregue às autoridades responsáveis pelas investigações, segundo a nota do CRM-PR.