O número de óbitos maternos caiu 82,5% no Paraná e a chamada RMM (Razão de Mortalidade Materna), comparação com o número de nascidos vivos, também registrou queda, de 73%. Essas informações foram destaque durante a apresentação do RDQA (Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior) da Secretaria de Estado da Saúde, nesta quarta-feira (26), na Comissão de Saúde Pública da Alep (Assembleia Legislativa do Paraná).
Segundo dados parciais do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade) e Sinasc (Nascidos Vivos), até setembro de 2022 foram registrados 31 óbitos maternos, contra 178 ao longo de todo o ano de 2021. Já a RMM é calculada pelo número de mortes, dividido pelo número de nascidos vivos e multiplicado por 100 mil. No último ano (janeiro a dezembro) a RMM fechou em 125,7, grande parte motivada pela fase mais crítica da pandemia da Covid-19. Em 2022, com o avanço da vacinação contra a doença, a RMM, até setembro, é de 33,2. Os dados são considerados parciais e sujeitos a alterações.
“O índice que usamos para calcular a Razão de Mortalidade Materna indica principalmente a qualidade da Atenção à Saúde prestada às mulheres e por este motivo essa queda é tão significativa. Sabemos que a Covid-19 impactou muito neste processo, mas hoje com os ótimos índices de coberturas vacinais contra a doença podemos enxergar a diminuição dessas mortes e assegurar que o Paraná tem qualificado esse atendimento cada vez mais”, afirmou o secretário de estado da Saúde, Beto Preto.
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Dados
A apresentação do RDQA também mostrou que a Sesa já assegurou R$ 3 bilhões em despesas empenhadas com ASPS (Ações e Serviços Públicos de Saúde) de janeiro a agosto deste ano, equivalente a 9,84% da previsão legal de 12% da Receita Líquida de Impostos pelo governo do estado (R$ 50,9 bilhões). Os recursos ajudaram a custear programas preventivos, obras, aquisição de equipamentos, diárias e manutenção de toda a estrutura regionalizada de saúde.
Ainda segundo a apresentação, o Paraná registrou até agosto mais de
10,7 milhões de procedimentos ambulatoriais de média e alta complexidade
nos atendimentos eletivos e de urgência, perfazendo mais de R$ 195,6
milhões investidos, além de 39,9 mil medicamentos dispensados nestes
procedimentos, num total de R$ 18,9 milhões. Já nas produções
hospitalares, foram 148,1 mil procedimentos, num total de R$ 263
milhões.
Somente para atendimento à saúde mental, uma das linhas que têm recebido atenção diferenciada, foram feitos 15.944 atendimentos ambulatoriais, num valor de R$ 90 mil, além de 6.228 procedimentos hospitalares, num custo de R$ 8 milhões.
“Essa prestação de contas apresenta bons números para este momento pós-pandemia, com a retomada de ações e serviços, com a melhora nos indicadores e uma grande execução dos serviços eletivos, mostrando claramente o potencial da vacinação e os benefícios que essa imunização trouxe”, disse o diretor-geral da Sesa, Nestor Werner Junior.
O presidente da Comissão de Saúde Pública da Alep, deputado estadual Dr. Batista, agradeceu a apresentação e elogiou o trabalho desempenhado pela pasta. “A Secretaria de Saúde é muito capacitada, com profissionais bem preparados e esse momento é de extrema importância para que possamos avaliar como está o andamento dos atendimentos a saúde dos paranaenses”, afirmou.