O ministro da Saúde, Ricardo Barros, assina nesta sexta-feira (7), em Londrina, portaria que aumenta em R$ 1,2 milhão ao mês o teto de média e alta complexidades do Sistema Único de Saúde (SUS) repassado ao município. Atualmente, Londrina recebe R$ 12,7 milhões por mês para o custeio dos procedimentos. Quando a medida entrar em vigor, o valor será de R$ 13,9 milhões. Com o reajuste, o município terá R$ 166,8 milhões ao ano para destinar às especialidades, R$ 14,4 milhões a mais que os valores atuais.
O recurso será usado no custeio de ações como cirurgias eletivas, procedimentos neurocirúrgicos, cardiológicos, atendimentos ambulatoriais e internações hospitalares, além de exames de radiologia e laboratoriais. De acordo com o ministro, que já havia firmado o compromisso com o aumento do teto durante a sétima edição do Encontros Folha, no final de julho, em Londrina, os recursos serão liberados imediatamente e poderão ser usados no financiamento da rede pública e contratada, conforme definição de prioridades pela gestão local.
Barros reconheceu que Londrina tem aumentado o serviço de saúde nos últimos anos e que esses dados estavam subnotificados. "Após uma análise de todos os procedimentos, foi possível constatar que o município prestava mais serviços de saúde do que estava registrado. Então, corrigimos agora essa distorção com a ampliação do teto, o que vai permitir a manutenção dos procedimentos na cidade", comentou. Segundo dados do Ministério da Saúde, Londrina aumentou 25% dos leitos nos últimos cinco anos.
Barros apontou também que os ajustes orçamentários no ministério permitiram antecipar o aumento do teto para Londrina, que estava previsto para o primeiro semestre de 2017. "Estamos tomando ações concretas para que essas entidades ganhem fôlego e continuem prestando atendimento de qualidade à população. Vamos continuar fazendo uma gestão eficiente para melhorar a saúde, aperfeiçoar o SUS e fazer mais com os mesmos recursos", disse.
Barros destaca a atuação dos deputados Marcelo Belinati (PP) – prefeito eleito de Londrina – e de Alex Canziani (PTB). "Os dois parlamentares foram atuantes na questão e comprovaram a defasagem existente nos repasses para Londrina". Todos os meses, o município aporta R$ 980 mil na saúde para complementar parte da defasagem existente.
Barros, que cumpre agenda em Londrina nesta sexta-feira (7), com visita ao Hospital do Câncer de Londrina no início da tarde, antecipou à FOLHA que, em todo o País, 1.401 santas casas e instituições filantrópicas serão beneficiadas com investimentos de R$ 372 milhões. Em Londrina, quatro unidades serão beneficiadas com aumento de recursos. O Hospital do Câncer de Londrina receberá R$ 1,5 milhão ao ano referente à habilitação de dez leitos de UTI. Já o Hospital Evangélico receberá R$ 445 mil ao ano para serviços de traumatologia e outros R$ 250 mil ao ano para terapia nutricional. A Santa Casa de Londrina receberá R$ 354 mil ao ano para habilitação do serviço de terapia nutricional. Ainda, o Ministério da Saúde vai habilitar uma UPA no município de Londrina, com custo anual de R$ 3 milhões.