Quando uma gestação apresenta risco para a mãe ou o bebê, uma semana pode representar a diferença entre a vida e a morte. Por isso, desde 2013, garantir que gestantes de risco sejam atendidas com urgência tornou-se uma prioridade na rede municipal de saúde de Curitiba. Assim, o Programa Mãe Curitibana, que já era referência nacional e internacional, superou um desafio: o tempo de espera para consulta de risco gestacional, que chegava a demorar quatro meses no início de 2013.
Esta e outras melhorias adotadas no programa, como o aumento no número de consultas e exames feitos pelas gestantes, tiveram reflexo na redução de 20% no índice de mortalidade infantil em Curitiba no período de dois anos.
A cidade encerrou 2014 com o menor índice de mortalidade infantil da sua história: 7,7 óbitos para cada mil nascidos vivos. Entre as melhorias realizadas no Programa Mãe Curitibana que ajudam a explicar a queda estão a incorporação das novas diretrizes nacionais da Rede Cegonha, do Ministério da Saúde, e a implantação da Política Nacional de Atenção Obstetrícia e Neonatal.
A redução na demora da avaliação da de risco gestacional era um dos gargalos do programa, que foi criado no Sistema Único de Saúde (SUS) Curitiba em 1999 e viabilizou a formação de uma rede de assistência às gestantes e recém-nascidos, tornando-se referência para outras iniciativas no país e até mesmo no exterior. No entanto, a demora para avaliação de risco gestacional – que era feita diretamente nos hospitais – poderia colocar em risco a vida de mães e bebês.
Em janeiro de 2013, 763 mulheres aguardavam até quatro meses para passar pela avaliação de risco. Hoje, a fila de espera não existe mais e gestantes com suspeita de risco atendidas em qualquer uma das 109 unidades básicas de Curitiba são encaminhadas para a avaliação num prazo máximo de uma semana.
"Identificamos a necessidade de avaliar todas as gestantes da fila, com a máxima urgência", destaca o secretário municipal de Saúde, Adriano Massuda. Desde 2013, o número de atendimentos às gestantes de risco aumentou 90%, com uma média de 17 consultas na rede pública ao longo da gestação.
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