Até mesmo quem nunca pisou no consultório de um oftalmologista durante a vida vai começar a sentir dificuldade para enxergar de perto entre 40 e 50 anos. Essa disfunção é chamada de presbiopia – ou vista cansada, um nome mais popular.
Quando menos se espera, já não se consegue mais ler as mensagens no celular, ler jornal, ver as horas, nem conferir os comprovantes de compra sem precisar sacar da bolsa ou do bolso os óculos para perto. Até mesmo usar o computador vai ser difícil.
Isso tudo porque o cristalino vai perdendo elasticidade com o passar dos anos até que, em determinado momento da meia-idade, haverá total ineficiência do sistema de acomodação da visão de perto.
Na opinião de oftalmologista Renato Neves, antes mesmo de completar 50 anos, a maioria das pessoas precisará de óculos multifocais para ler e desempenhar tarefas rotineiras.
O oftalmologista diz que a cirurgia a laser ainda é um dos recursos mais indicados para quem quer pôr fim ao interminável troca-troca de óculos imposto pela presbiopia. "Depois da cirurgia, o paciente pode ir ao cinema e preencher um cheque sem precisar ficar alternando os óculos – a não ser os de sol".
Como enxergar bem é requisito fundamental para ter boa qualidade de vida e estar integrado socialmente, os pacientes têm recorrido cada vez mais ao rejuvenescimento da visão. Trata-se de uma combinação de técnicas de plástica ocular a laser com cirurgia para correção de presbiopia, proporcionando ao paciente enxergar tão bem quanto na juventude e dispensar o uso contínuo de óculos.
"Além do grau, a cirurgia personalizada a laser trata de pequenas aberrações da córnea de cada paciente, com resultados tão precisos que permitem que o paciente fique sem óculos em mais de 90% dos casos, inclusive para perto".
O implante de lentes intraoculares para corrigir vista cansada leva menos de meia hora. Uma lente fina e circular é implantada no lugar do cristalino. Além de corrigir vista cansada, a lente multifocal e a acomodativa corrigem problemas para enxergar de perto, média distância, e de longe. Já para quem sofre de astigmatismo, as lentes tóricas são mais indicadas.
"Para o paciente, trata-se de um grande ganho em qualidade de vida, já que ele estará apto a desempenhar qualquer atividade sem as restrições causadas pela falta de visão. Entre seis e doze semanas após a cirurgia no segundo olho ocorre a adaptação total do cérebro e a pessoa pode desfrutar dos benefícios de enxergar bem novamente", diz Neves.