O Governo do Paraná já distribuiu para a rede pública de saúde do Estado medicamento contra a gripe (antiviral Oseltamivir) suficientes para tratar 40 mil pessoas. Além disso, o Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) mantém estoque suficiente para atender mais 172 mil pacientes.
A diretora de Assistência Farmacêutica da Secretaria Estadual da Saúde, Deise Regina Pontarolli, explica que a quantidade de medicamentos existente no Estado é suficiente para suprir a demanda de hospitais, prontos-socorros e unidades de saúde de referência para o tratamento em todos os municípios do Paraná. "Estamos preparados para o enfrentamento da gripe", destaca.
Para receber o antiviral gratuitamente pelo SUS, basta o paciente apresentar prescrição médica válida em uma das unidades de referência. A recomendação também vale para os pacientes que buscaram tratamento na rede particular de saúde. "Todos os médicos estão orientados a prescrever o medicamento para todos os casos suspeitos de gripe, mesmo sem confirmação laboratorial ou agravamento do quadro clínico", afirma o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.
O protocolo de atendimento recomendado pela Secretaria da Saúde do Paraná é mais abrangente do que o indicado pelo Ministério da Saúde. De acordo com o documento do Ministério, o medicamento deve ser prescrito apenas para pacientes com suspeita de gripe e que fazem parte dos grupos de risco, ou quando o caso já é grave.
De acordo com Sezifredo, a mudança no protocolo possibilita que o tratamento seja iniciado já nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas, período em que o medicamento é mais eficaz. "Por isso, todos devem estar atentos aos sintomas. A pessoa deve buscar atendimento médico assim que perceba os primeiros sinais da doença", explicou.
VACINAÇÃO – A vacinação contra a gripe é a outra estratégia de enfrentamento da gripe no Paraná. Iniciada em 15 de abril, a campanha imunizou mais de 2,1 milhões de paranaenses. Após o término da mobilização, em 10 de maior, o governo estadual orientou os municípios para que continuassem vacinando os grupos de risco enquanto houvesse doses. Além disso, o Paraná incluiu as crianças com idade entre dois e cinco anos na vacinação.
Nos adultos, a vacina é aplicada em dose única e demora cerca de 15 dias para conceder imunidade. Já nas crianças menores de 10 anos e que não tomaram a vacina em anos anteriores, ela é dividida em duas doses, sendo a segunda aplicação 30 dias após a primeira.
O coordenador estadual de Imunização, João Luis Crivellaro, alerta que a criança só fica protegida após completar o esquema vacinal. "Os pais devem lembrar da segunda dose e levar seus filhos novamente a um posto de vacinação", ressaltou.