O governo de São Paulo antecipou em 15 dias todo o cronograma de vacinação do estado, o que permite que pessoas acima de 18 anos possam de imunizar com duas semanas de antecedência em relação ao calendário anterior.
O anúncio foi feito no início desta tarde, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, nesta quarta-feira (9). Com isso, pessoas entre 55 e 59 podem receber a vacina a partir de 16 de junho. O início estava previsto para 1º de julho. O governo estima que cerca de 1,2 milhão de pessoas serão vacinadas neste momento.
Nesta quinta-feira (10), também será iniciada a vacinação do de pessoas com deficiência permanente de 18 a 59 anos, independentemente de serem ou não beneficiárias do BPC (Benefício de Prestação Continuada).
As novas datas são baseadas nas perspectivas de entregas de vacina do Ministério da Saúde. Até agora 18.600.607 vacinas foram aplicadas no SP, sendo 12.680.980 da primeira dose e 5.919.627 da segunda dose.
O governador também prorrogou em 15 dias a fase de emergencial no estado, seguindo orientações do Centro de Contingência do Covid-19. O novo término está previsto para 28 de junho, quarta-feira.
Nesta etapa, estabelecimentos podem funcionas das 6h às 21h. A lotação permitida é de 40% da capacidade máxima e o toque de recolher das 21h às 5h também permanece. Celebrações religiosas continuam autorizadas.
"O Centro de Contingência vê com preocupação o momento que nós estamos enfrentando da pandemia, com manutenção de casos, uma elevação ainda que numa velocidade pequena no número de internações hospitalares, internações em leitos de UTI [Unidade de Terapia Intensiva] e, por isso, recomendou a manutenção dessa fase de transição por mais duas semanas", disse João Gabbardo, coordenador do Centro de Contingência da Covid-19.
Segundo Gabbardo, o centro de contingência recomendou ao governo a redução do horário de funcionamento de comércios e outros estabelecimentos em algumas regiões do estado. Por isso, o governo paulista encaminhará uma recomendação aos municípios que têm ocupação acima de 90% dos leitos de UTI para que endureçam as medidas de restrição
Conforme antecipado pela Folha de S.Paulo, o governador também anunciou que as escolas poderão receber alunos presencialmente de acordo com sua capacidade e não números de matriculados, como era anteriormente. O objetivo da mudança é que as instituições possam receber mais alunos, desde que cumpram os protocolos sanitários.
Até então, era permitida a presença de 35% do total de alunos matriculados. Com a mudança, as escolas poderão receber 35% de sua capacidade de ocupação. Um dos motivos das alterações nas diretrizes é a longa duração da pandemia.
Outra mudança anunciada foi a redução do distanciamento entre as carteiras nas salas de aula. Antes, o exigido era que as escolas mantivessem 1,5 m de distância entre os alunos, agora será 1 m, o que segue as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Em um evento nesta manhã, o governador também anunciou que a vacinação contra o coronavírus para profissionais da educação entre 18 e 44 anos -do ensino público e privado- será antecipada para esta sexta-feira (11). No cronograma inicial a imunização desse grupo estava prevista para 21 de julho. O governo estima que nesta fase sejam vacinados 363 mil profissionais.
Nesta quarta, começou a vacinação foi iniciada a imunização dos trabalhadores da educação entre 45 e 46 anos.