Estar no topo da sociedade aumenta o estresse hormonal e acarreta um custo psicológico maior do que se pensava até agora, segundo estudo realizado em um grupo de babuínos selvagens pela Universidade de Princeton publicado na revista Science.
Trabalhos anteriores afirmaram que as vantagens de estar no alto da hierarquia social, como maior acesso a alimentos e relações amorosas, superavam os inconvenientes, por isso consideravam que os chamados "machos alfa" sofriam menos estresse que indivíduos de outra categoria.
No entanto, um ecologista de Princeton e sua equipe rebateram esta teoria através do estudo de 125 babuínos selvagens, animais geneticamente próximos ao homem que também vivem em sociedades complexas. Segundo a pesquisa, o estresse sofrido pelos macacos de maior categoria acontece devido à energia utilizada para manter sua posição.
"Uma conclusão importante de nosso estudo é que para alguns animais, e possivelmente também para os humanos, ocupar a posição mais alta em uma sociedade implica custos e benefícios únicos, que podem persistir tanto quando a ordem social se mantém estável como quando experimenta mudanças", explicou o diretor da pesquisa, Laurence Gesquiere.
Por isso, os resultados do estudo poderiam ter implicações na análise das hierarquias sociais e do impacto da posição social na saúde e no bem-estar, tanto em animais como em humanos (com agência EFE).