O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que até o dia 15 de fevereiro a pasta irá encaminhar aos estados doses suficientes para vacinar todas as crianças de 5 a 11 anos com a primeira dose contra a Covid-19.
"Estamos trabalhando fortemente para antecipar as doses infantis para que os pais também exerçam o direito de vacinar os seus filhos. Até o dia 15 de fevereiro nós distribuiremos doses para vacinar todas as crianças de 5 a 11 anos", disse a jornalistas na manhã desta segunda-feira (7).
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) estima que, em 2021, havia 20,4 milhões de pessoas de 5 a 11 anos. Dessa forma, o governo precisa enviar esse quantitativo para conseguir vacinar todas as crianças do país com primeira dose.
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A vacinação infantil foi incluída na campanha nacional de vacinação em 5 de janeiro. Já a aplicação das doses teve início no dia 14 de janeiro. O menino indígena Davi Seremramiwe Xavante, 8, foi o primeiro imunizado, com doses pediátricas da Pfizer.
A previsão do governo é receber 20 milhões de doses da Pfizer pediátrica no primeiro trimestre, tendo a possibilidade de ampliação para mais 10 milhões.
O ministério incluiu no dia 21 de janeiro a Coronavac na campanha de vacinação contra a Covid-19 de
crianças e adolescentes de 6 a 17 anos.
Além das doses já em estoque, a pasta pediu no mês passado a compra de 10 milhões de doses da vacina Coronavac ao Instituto Butantan para imunizar crianças contra a Covid-19.
A vacinação de crianças e adolescentes é tema sensível no governo Jair Bolsonaro (PL), pois o mandatário distorce dados e desestimula a imunização dos mais jovens. Ele chegou a ameaçar expor nomes de servidores da Anvisa que aprovaram o uso de vacinas da Pfizer em crianças.
Em nota divulgada no dia 8 de janeiro, o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, rebateu insinuações de supostos interesses escusos da Anvisa na vacinação de crianças e cobrou retratação do presidente.
O uso da Coronavac no Brasil também se tornou tema de disputa entre Bolsonaro e o governador paulista João Doria (PSDB).
O presidente chegou a mandar cancelar a compra de 60 milhões de doses desta vacina e chamou o imunizante de "vacina chinesa do Doria".