Neste domingo (24) comemora-se o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, a FIDI (Fundação Instituto de Pesquisa em Diagnóstico por Imagem) faz um alerta sobre a importância dos exames de rastreamento para a detecção da doença infectocontagiosa mais mortal do mundo. Cerca de 90% das mortes por tuberculose se devem a casos que não recebem tratamento e, segundo os especialistas, quanto antes o diagnóstico for realizado, maiores são as chances de cura e de prevenção de transmissão para outras pessoas.
A tuberculose é causada por uma micobactéria BK (mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch). A transmissão é feita, na maioria das vezes pelas vias aéreas, de uma pessoa para outra, por meio de gotículas de saliva liberadas pela fala, espirro ou tosse, aspiradas por aqueles que estiverem por perto - portanto, o principal fator de transmissão são aglomerações de pessoas.
Segundo o radiologista Mauricio Kenji Ota a micobactéria não infecta apenas os pulmões, podendo atingir outros órgãos do corpo, como ossos, intestino, sistema geniturinário e sistema nervoso. "Pessoas diabéticas, imunodeprimidas e com baixa imunidade tem mais disposição para que a micobactéria se multiplique e desenvolva a infecção", explica.
A tuberculose é a doença infecciosa de agente único que mais mata, superando o HIV, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Em 2016, 10,4 milhões de pessoas adoeceram de tuberculose no mundo, e cerca de 1,3 milhões de pessoas morreram em decorrência da doença. O Brasil é considerado o 20º país com maior incidência de tuberculose no mundo, sendo que em 2017 foram registrados 70 mil novos casos, segundo o Ministério da Saúde.
Sintomas
Os sintomas mais frequentes que os pacientes acometidos pela infecção apresentam, e que devem servir de sinais para buscar ajuda médica imediatamente, são: tosse persistente (com ou sem secreção, podendo conter sangue), falta de ar, sensação de cansaço frequente, febre baixa, principalmente no período da tarde, dor no peito e rouquidão.
"Muitos pacientes estão infectados, mas não sentem nenhum sintoma porque o sistema de defesa do seu organismo está perfeito. Porém, caso haja queda na imunidade, podem vir a ficar doentes. Quando os sintomas são aparentes, é fundamental que o paciente procure um médico o mais rápido possível. Quanto antes o diagnóstico for realizado, antes os exames necessários são realizados e maiores as chances de sucesso no tratamento", afirma Ota.
A tuberculose tem cura e o tratamento consiste numa combinação de medicamentos contra o agente infeccioso, que dura, em média, seis meses. A medicação é distribuída pelo SUS (Sistema Único de Saúde), em postos municipais de atendimento, gratuitamente. Vale acrescentar que a vacina contra a doença (BCG - Bacillus Calmette-Guérin), apesar de não impedir o desenvolvimento da tuberculose pulmonar, previne por volta de 80% contra formas mais graves da doença.
Dicas e práticas para prevenir a tuberculose
- Imunizar os recém-nascidos com a vacina BCG – exceto aqueles com imunodeficiências adquiridas ou congênitas
- Evitar aglomerações de pessoas, principalmente em locais fechados
- Manter ambientes ou locais arejados ou bem ventilados e com exposição à luz solar
- Procurar ajuda médica quando algum sintoma de tuberculose for identificado a fim de garantir a detecção precoce e o início imediato do tratamento.