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Saúde, economia e bem-estar

Dia do Idoso destaca avanços e desafios em Londrina

Eduarda Ventura, Luiza Arlindo e Maria Tereza Nascimento - Estagiárias*
01 out 2024 às 08:00

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- Rawpixel.com/Freepik
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Comemorado em 1° de outubro, o Dia do Idoso foi instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1990 para destacar a importância da terceira idade e promover o debate sobre os direitos e desafios enfrentados por eles. 


Diante de um alto crescimento desta parcela da população - aumento de 39,8% entre 2012 e 2021, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) - discutir ações voltadas para os idosos tornou-se cada vez mais necessário. 

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Em 2023, Londrina recebeu o certificado de Cidade Amiga da Pessoa Idosa pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), sendo um marco significativo para a cidade, que foi a primeira a instituir uma secretaria do Idoso. No município, 101.948 mil habitantes estão acima dos 60 anos, cerca de 18,3%. Segundo a Revisão 2018 da Projeção de População do IBGE, em 2060, um quarto da população brasileira (25,5%) deverá ter mais de 65 anos. 

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Londrina também foi considerada a nona cidade grande do país mais bem preparada para o envelhecimento de sua população pelo IDL 2023 (Índice de Desenvolvimento Urbano para a Longevidade). O relatório foi realizado pelo Instituto de Longevidade e foram avaliadas, entre 0 e 100, três variáveis no município: economia, saúde e socioambiental.

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Socioambiental 


Na análise feita pelo IDL, o quesito socioambiental, que envolve o bem-estar da pessoa idosa morando em Londrina, observou diversos indicadores e mostrou que as relações afetivas e a presença de idosos no ensino superior tiveram as menores pontuações do ranking. 

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Com a idade avançando, é normal que as relações afetivas passem por transformações e que os círculos de amizades se transformem junto com as fases da vida dos idosos, como a aposentadoria. Em Londrina, esse aspecto do bem-estar social registrou a marca de 56,59 de 100. 


O assessor da Secretaria Municipal do Idoso, Michel Alcazar Nakad, aponta que vínculos fragilizados com a família ou situações de negligência podem influenciar negativamente nesse aspecto e acabam impactando significativamente a vida das pessoas idosas. 

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Com o objetivo de auxiliar a população de idosos de Londrina, os CCIs foram criados para consolidar uma política pública que promova o envelhecimento ativo e saudável na cidade. 


Nakad destaca que os centros possuem um papel fundamental não só na manutenção, mas também na construção de novos vínculos. “Os CCIs têm dentre seus objetivos desenvolver trabalhos voltados à valorização, à defesa e à promoção dos direitos da pessoa idosa na sociedade.” 

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Com três centros espalhados pela cidade, nas regiões Leste, Oeste e Norte, os idosos podem participar de atividades voltadas para as áreas de cidadania, lazer, atividades físicas, cultura, educação, convivência familiar e comunitária, estimulação cognitiva, entre outras.


O assessor destaca que os CCIs são essenciais justamente porque têm o objetivo de colaborar na “prevenção de situações de vulnerabilidade e risco social, mediante a valorização da pessoa idosa, a defesa e promoção de seus direitos e o constante estímulo para sua participação ativa na sociedade da qual fazem parte, inclusive diante de suas vivências e experiência de vida”.

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- Divulgação/N.Com


O mestre em Gerontologia e professor de comunicação Régis Moreira, pontua que envelhecer é um processo que traz muitas mudanças, tanto físicas quanto emocionais. 


“Esses afetos vão sendo modificados porque existem perdas e existem ganhos também, como a chegada de netos e bisnetos, outras possibilidades de vivência e de relações afetivas que a terceira idade vai lhe trazer. Porém, há muitas perdas de amigos que se vão, perdas, às vezes, de companheiro que se vai, perdas de saúde que podem acontecer em alguns casos. Lidar com essas perdas e ganhos, no momento em que o seu corpo vai apresentar uma série de mudanças, em que você vai ter que se entender com esse novo modo de ser, é um processo”, apresenta. 

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Apesar da baixa pontuação no ranking geral, a cidade oferece opções para quem tem mais de 60 anos. Um outro exemplo disso é a UNATI (Universidade Aberta à Terceira Idade), um projeto de extensão da UEL voltado para a população com mais de 60 anos de Londrina e região. 


A UNATI disponibiliza diversas atividades no campo das artes, dos esportes, da fisioterapia, das línguas e da comunicação. Além disso, oferece diversas oficinas periodicamente e rodas de conversa com temas diversificados de interesse dos participantes. 


O projeto pode ser extremamente benéfico para os idosos, já que pode ser uma possibilidade para que interajam com pessoas de diferentes faixas etárias e vivências, criando assim uma sensação de pertencimento, como explica o professor, que faz parte da equipe da UNATI. 


“Não se fala em quarta idade, por exemplo, mas essas trocas que você vai tendo com pessoas muito mais velhas que você, da sua faixa etária, ou mais novas que você, mesmo todos estando dentro da terceira idade, como é o caso dentro da UNATI, traz uma riqueza relacional e também intergeracional.” 


Participação no ensino superior 


Um dos objetivos principais da UNATI para o futuro do programa é alcançar a inclusão de idosos dentro dos cursos de graduação como alunos especiais, caso que já acontece em outras universidades do país, como a USP (Universidade de São Paulo). Nesse sentido, Londrina apresentou o pior ranking analisado, registrando a nota 43,35 de 100. 


Régis aponta que essa possibilidade seria muito benéfica, tanto para os idosos quanto para os jovens, porque permite uma troca de visões e vivências diferentes, além de servir de incentivo para que os idosos se interessem pelos estudos. 


“Muitas vezes esse idoso não teve a oportunidade de estudar, ou não teve a oportunidade de estudar aquilo que ele desejava e tem um desejo de fazer um segundo curso, um terceiro curso, enfim, de aprender coisas novas. Essa inserção na graduação vai ser um ganho tanto para os graduandos jovens, quanto para os idosos e para a diversidade, que vai aumentar em sala de aula e fazer com que esses aprendizados sejam muito maiores.” 


- Divulgação/Projeto Tecer Idades


A aposentada Marilza Ribeiro, 62, participante da UNATI, foi uma das estudantes que decidiu enfrentar o desafio de ingressar na universidade já mais velha. Com 56 anos, ela entrou no curso de Artes Visuais na UEL, como aluna regular.


“Estar na universidade com mais experiência foi a melhor decisão que tomei. Tenho certeza de que não aproveitaria tanto se fosse mais jovem. Me descobri capaz de muita coisa e com coragem pra fazer tudo o que me aparecesse de desafio pela frente”, comemora.


Apesar da realização, Marilza relata que nunca era vista como aluna dentro da universidade por causa de sua idade, sendo sempre confundida com “mãe, professora e avó” nos espaços comuns, como no restaurante universitário e na biblioteca. 


Para ela, os idosos passam a vida ouvindo que não são capazes e, por isso, passam a se anular como pessoas na sociedade. “Projetos como a Unati os fazem ver que a vida só acaba quando morre o corpo e não quando se envelhece.” 


Estar dentro da universidade depois de mais velha e ter essa experiência pode ser muito benéfico para os idosos, que podem acabar se isolando e duvidando do seu próprio valor depois da aposentadoria. 


“O benefício dessa interação com a universidade é sentir-se capaz de fazer o que quiser e do seu jeito, com a sua característica gravada em cada área em que for atuar e com a certeza de que, mesmo devagar, é possível ir muito longe. Isso se aprende na universidade: acreditar em você e não no que dizem de você”, valoriza. 


Assim, é fundamental que as interações sociais e os estímulos cognitivos sejam incentivados mesmo após a terceira idade, pensando em aumentar o bem-estar de uma parcela da população que passa a ser negligenciada e desvalorizada pela sociedade. 


Economia 


Na variável econômica, Londrina obteve uma pontuação geral de 52,1. Para chegar nesta nota, foram analisados 23 indicadores. Dentre eles, a cidade obteve as melhores pontuações em Produção de Riqueza Municipal, com 63,46 e Representatividade da População Idosa, com 60,16. Já os piores índices foram na Capacidade de Consumo dos Aposentados, com 44,7 e Segurança Financeira do Idosos, com 46,46. 


De acordo com o economista Sinival Osório, esse baixo desempenho de capacidade de consumo e segurança financeira podem ser explicados por alguns motivos. O primeiro é que a renda da aposentadoria cai muito em comparação com a renda de quem está na ativa. Além disso, os custos mais elevados em relação à saúde e a contribuição com outros membros da família são fatores que influenciam no poder de consumo da terceira idade. “Os idosos também são as principais vítimas de golpes financeiros, de empréstimos consignados e outros financiamentos com taxas de juros elevadíssimas, que comprometem parte significativa da renda deles”, complementa.


Para Luiz Gonzaga, aposentado de 72 anos, apenas o salário da aposentadoria - que ainda é mais alto que o mínimo - não seria suficiente para suprir todas as necessidades dele e da família. “Só não está muito complicado porque contamos também com a aposentadoria da minha mulher.” Ainda de acordo com ele, a segurança financeira não está muito presente no dia a dia. “Apenas não passamos privações do básico para a nossa sobrevivência”, reforça.  


Luiz ainda compartilha que já sofreu diversas tentativas de golpes financeiros envolvendo conta de água, pix, sequestro e até de pessoas se passando por familiares pedindo dinheiro. “Sempre tenho cuidado e também alerto as pessoas contra golpes”, pontua.


O economista explica que, conforme a população envelhece, o número de pessoas em idade ativa cai. Dessa forma, a dinâmica produtiva é alterada e causa reflexos no mercado de trabalho e no PIB (Produto Interno Bruto), sobrecarregando a previdência e a saúde pública. Para se ter uma ideia, em 2010, a razão de idosos dependentes no Brasil era de 15,5. Em pouco mais de 20 anos, a projeção é que esse número chegue a 52,1, um crescimento de 236%. 


- IBGE


Há fatores que podem ser apontados como justificativa para o aumento da população idosa, de acordo com Osório. “É um fenômeno mundial gerado pelo desenvolvimento de três fatores em conjunto: a redução das taxas de mortalidade infantil e o aumento da expectativa de vida, que só são possíveis devido ao progresso das condições de saneamento e de tratamento de saúde; e a redução da taxa de natalidade, gerada principalmente pelo crescimento da participação da mulher no mercado de trabalho, a urbanização e mudanças culturais”, aponta. 


Segundo o economista, o crescimento da população idosa impacta diretamente na necessidade de investimento per capita e global do SUS (Sistema Único de Saúde). No município de Londrina, por exemplo, a SMS (Secretaria Municipal de Saúde) alcançou a marca de quase R$1 bilhão investido em políticas de saúde em 2023. O montante aplicado pelo Município representa um recorde histórico do Executivo, totalizando R$990.301.524,55 direcionados exclusivamente para essa finalidade. 


Políticas econômicas


A Reforma da Previdência aprovada no Governo Bolsonaro aumentou a idade mínima para a aposentadoria no setor público e criou a idade mínima para a aposentadoria no setor privado. “Em ambos os casos, elevou o tempo de contribuição para aposentadoria com o salário ‘integral’ e complicou mais ainda a vida de idosos, porque ficou mais difícil deles se aposentarem”, analisa o economista. 


A Reforma Trabalhista do Governo Temer, a recente crise econômica de 2015 e 2016, a lentidão do processo de recuperação que seguiu depois disso e a pandemia da Covid-19 também são pontos citados por Osório como criadores de muita dificuldade para jovens sem experiência e pessoas acima de 50 anos conseguirem obter ou se manter nos empregos. 


Para o economista, uma mudança nacional envolveria maior investimento público para fomento de atividades geradoras de emprego e renda, e aumento no valor do agregado da produção para aumentar o PIB per capita. “Assim, o Estado nas três esferas poderia realizar mais políticas de transferência de rendas, elevar o salário mínimo real e, consequentemente, a maior parte das aposentadorias pagas, bem como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), sem prejudicar as contas públicas.” 


De acordo com o aposentado Luiz Gonzaga, programas que atendam aos idosos na área financeira fazem falta em escala municipal e estadual. “As pessoas que conseguiram se aposentar já contribuíram muito para o crescimento desse país. Acho que o poder público poderia, pelo menos, reduzir a carga tributária para essa população”, aponta. 


Além disso, Gonzaga também desabafa que o Governo do Estado não deveria cobrar a taxa previdenciária dos aposentados. “Isso é um absurdo, pois já pagamos essa taxa quando estamos na ativa, justamente para que na aposentadoria tenhamos um salário digno. Esse desconto é infame”, considera. Em relação à escala federal, o aposentado sugere uma redução ou isenção na cobrança do Imposto de Renda dos aposentados. 


- Freepik


Mudanças locais 


Em Londrina, o economista apresenta novas abordagens que poderiam ser planejadas para disseminar informações sobre educação financeira para a população idosa, como ações em postos de saúde e ambientes que concentram mais idosos, além de utilizar veículos de comunicação, como rádio e TV. “Penso que a prefeitura por meio da Secretaria Municipal do Idoso e Assistência Social, em parceria com a Saúde e a Educação, mais a colaboração das universidades, poderia viabilizar uma ação como essa. Isso evitaria que os idosos caíssem no superendividamento e em golpes financeiros”, reforça.


Osório ainda cita que a prefeitura tem o Centro Público de Economia Solidária, e a UEL (Universidade Estadual de Londrina) possui um programa de extensão chamado Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Solidários. Com eles, o profissional acredita ser possível criar uma política municipal de fomento à Cooperativas e Associações de Trabalhadores de Economia Solidária, gerando um maior envolvimento da sociedade com esse tipo de atividade econômica geradora de trabalho e renda. 


“Penso que principalmente em atividades como o artesanato, produção gastronômica e produção de hortaliças ajudariam a manter a mente e a saúde da população idosa, e, ainda, poderiam obter um ganho extra trabalhando em tempo parcial”, expõe.  


Para o aposentado, a Prefeitura de Londrina poderia reduzir a taxa do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) que, para ele “pesa muito no orçamento dessa população”. 


Saúde


Em Londrina, as análises do IDL 2023 indicam que a melhor nota está relacionada aos atendimentos executados por profissionais de saúde (100), mas o município apresentou as três piores notas em Óbitos por Doenças Infecciosas e Parasitárias (28,90), Cobertura Vacinal (44,63) e Procedimentos Ambulatoriais (45,99). 


De acordo com a SMS, óbitos que tiveram como causa básica a Covid-19 foram enquadrados no Capítulo I da CID-10 (Classificação Internacional de Doenças), que abrange algumas doenças infecciosas e parasitárias. 


Um dos meios encontrados de garantir a proteção contra doenças infecciosas está associada às iniciativas de imunização na terceira idade. De acordo com a diretora geral da Autarquia Municipal de Saúde, Rosilene Machado, diversas estratégias são utilizadas, por meio de campanhas, buscando priorizar este público. Um exemplo é o agendamento para vacinação de idosos acima de 80 anos em domicílio e os residentes em ILPI (Instituições de Longa Permanência). 


Além da vacinação, a Atenção Básica presta diversos atendimentos à população acima de 65 anos, como consultas de rotina, coleta de exames laboratoriais e distribuição de medicamentos. Além disso, o atendimento feito pelas Equipes Saúde da Família oferece consultas de rotina para idosos acamados e/ou domiciliados. 


Nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) do território de abrangência é possível encontrar ações de educação em saúde com temas pertinentes à vida, hábitos saudáveis e prevenção de doenças, além de medidas intersetoriais em parceria com a SMI (Secretaria Municipal do Idoso) nos CCIs (Centro de Convivência de Idosos) com palestras mensais.


Luiz Gonzaga conta que mora próximo a uma UBS, facilitando o caminho para realizar consultas, mas aponta que o problema na saúde é nacional, principalmente quando se trata da demora em conseguir atendimento. “Uma consulta médica é demorada. O médico pede exames - que demoram - e depois você precisa marcar outra avaliação para levar os resultados. Entre marcar consultas, exames e retornar, pode-se passar pelo menos seis meses. Se a pessoa tem um caso grave, até conseguir o retorno já se curou, piorou, ou morreu”, desabafa. 


O município tem equipes da ESF (Estratégia de Saúde da Família) que aplicam, desde 2017, o instrumento Ves13 (Protocolo de Identificação do Idoso Vulnerável) - utilizado para  identificar idosos fragilizados que residam na comunidade. Com a aplicação do formulário, há a implementação do instrumento IVCF 20 (Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional) para a classificação dos idosos, possibilitando conhecer o grau de autonomia dos cadastrados pelas equipes da ESF. 


- Pexels


Corpo e mente em equilíbrio 


A saúde mental e física é um tópico importante para a pessoa idosa. No município, vários projetos estão vinculados a secretarias municipais e a universidade. Dentre elas, está a reestruturação da RAPS (Rede de Atenção Psicossocial). 


Para os mais ativos, desde o início de 2020 educadores físicos mantêm grupos de atividade física nos territórios das UBSs voltados a pessoas idosas focando na importância de vencer o sedentarismo, fortalecer a musculatura e proporcionar a socialização. 


As UBSs também ofertam atividades coletivas, como terapia comunitária integrativa, grupo de atividade física, fortalecimento muscular/alongamento, entre outros. Além de propor, também, grupos de agito composto por ginástica com música, cessação do tabagismo, memória, grupo de hipertensão e diabetes, saúde mental e treinamento de atletas que participam do JIIDO (Jogos da Integração da Pessoa Idosa), dentre outras atividades. 


Além da saúde mental, ensinar os idosos sobre técnicas de queda para prevenir lesões graves é essencial. Pensando nisso, a OMS escolheu o dia 24 de junho como Dia Mundial de Prevenção de Quedas em Idosos. A data está incluída no Calendário da Saúde do Ministério da Saúde para alertar sobre os riscos dos acidentes para este público. 


Tornar o debate mais presente na comunidade é fundamental pensando que, nos primeiro meses do ano, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e o Siate (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência) registraram 11.856 ocorrências por quedas de pessoas entre 60 e 103 anos no Paraná envolvendo escorregões, tropeços, passos em falso e falta de equilíbrio. Além dos chamados de urgência, houve ainda 1.052 atendimentos na Atenção Primária à Saúde pelo mesmo motivo. 


Logo, em 2023, ocorreu a ampliação das ações para prevenção de quedas dos idosos, em grupos de atividades das equipes e-multi da Atenção Primária em Saúde. 


*Sob supervisão de Fernanda Circhia


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