A empresa holandesa DSM Food Specialties realizou uma pesquisa sobre hábitos alimentares de cinco mil consumidores em diversos países como Brasil, Estados Unidos, China, Nigéria e Polônia. Um dos pontos analisados foi a percepção do consumo de sal e as prioridades na hora de escolher um produto industrializado.
De acordo com o estudo, quase metade dos entrevistados procura informações no rótulo dos produtos. Esses consumidores tendem a acreditar que o sabor natural e o frescor são itens que garantem uma boa sensação ao paladar (60%). No Brasil, cerca de 71% checam rótulos em busca da quantidade de sal/sódio, e 78% pela quantidade de gordura.
De acordo com o estudo, 80% das pessoas estariam dispostas a abrir mão de uma fração do sabor dos alimentos, em troca de benefícios à saúde. Apenas 25% citaram o bem estar como uma das razões de comprar alimentos processados ou pré-preparados mais de uma vez.
"75% a 80% do sal ingerido no mundo ocidental é encontrado em produtos que vêm prontos do mercado, ou em restaurantes", explica Hans Christian Ambjerg, presidente da DSM, "mas o percentual que é acrescentado em casa também é relevante". Na Nigéria, 82% do consumo total de sal representa a adição do tempero na comida, ou seja, a maior parte dos 8,1 gramas consumidos por pessoa, diariamente, vem do preparo caseiro. Na China, de 72% a 76% da ingestão segue a mesma premissa.
Segundo Ambjerg, "levando em consideração que mais da metade das pessoas acredita consumir além do recomendado, e 29% além do dobro, é hora de mudanças drásticas. Acreditamos firmemente que a inovação permitirá criação de produtos com sabor natural e rótulos mais adequados para o consumidor".
Outra tendência detectada foi a procura por alimentos que tenham sabor próximo aos daqueles feitos em casa. A preferência do consumidor urbano mostra que 55% prefere sabores frescos ou naturais. Na China, essa preferência chegou a 72%. No Brasil, as principais respostas (67%) foram relacionadas ao "sabor de comida caseira". Dois terços dos consumidores urbanos citam "fácil uso e preparo" como fator-chave para uma segunda compra de um alimento industrializado. Apenas um terço do total da pesquisa citou preço como fator decisivo na compra.