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Colonoscopia pode reduzir taxa de mortalidade por câncer colorretal

24 mar 2014 às 15:13

Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam para quase 33 mil novos casos de câncer colorretal em 2014. Passível de tratamento e cura, a doença ainda é responsável por cerca de 14 mil mortes ao ano. Daí a importância cada vez maior do diagnóstico precoce, antes que o tumor possa se espalhar para outros órgãos. Estudos realizados na Universidade de Pensilvânia, EUA, mostram que a colonoscopia pode reduzir em até 70% o risco de câncer colorretal avançado quando indicada a pacientes de médio risco. Por isso, é bom ficar atento aos fatores de risco para essa doença: predisposição genética, histórico familiar, sedentarismo, obesidade, tabagismo, dieta rica em carnes vermelhas e pobre em fibras.

Há bem pouco tempo, a eficácia da colonoscopia em homens e mulheres de médio risco para câncer colorretal era desconhecida. Entretanto, hoje sabe-se que esse exame – que é como uma ‘endoscopia do intestino’ – vem substituindo rapidamente a sigmoidoscopia, exame pouco invasivo que permite identificar anormalidades no ânus, reto, cólon sigmoide e porção distal do cólon descendente.


De acordo com o médico endoscopista Edson Ide, a colonoscopia permite a visibilidade de todo o intestino grosso, enquanto na sigmoidoscopia (rígida ou flexível) a região observada é menor, medindo em torno de 60cm – ou seja, menos da metade do órgão. "Esses estudos são muito importantes para a classe médica, porque confirmam e avalizam a colonoscopia como método de escolha para o diagnóstico e a prevenção do câncer colorretal avançado, reduzindo drasticamente a taxa de mortalidade nos pacientes selecionados."


Ide explica que a colonoscopia permite o diagnóstico de pólipos, tumores benignos, focos de sangramento, câncer na fase inicial, além de uma série de doenças benignas (mas não menos importantes) como, por exemplo, a doença inflamatória intestinal. "Esse exame é um meio muito eficaz de detectar e tratar, removendo tumores benignos com potencial maligno ou mesmo o câncer em sua fase mais precoce."

De acordo com o INCA, há uma grande chance de cura quando o câncer colorretal é diagnosticado precocemente. Nesse sentido, a remoção dos pólipos antes que se tornem malignos é de fundamental importância. Na presença de alguns sintomas, como diarreia, cólicas ou gases persistentes, presença de sangue ou pus nas fezes, mudança na coloração e textura das fezes, perda de peso sem razão aparente – principalmente seguida de cansaço, náuseas e vômitos –, entre outros, é importante procurar orientação médica.


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