Os municípios de Maringá, no Noroeste, e Santo Antônio da Platina, no Norte Pioneiro, confirmaram os primeiros casos de Mpox em 2024. Em Maringá, o caso foi registrado em julho, mas ainda não foi contabilizado pela Sesa (Secretaria do Estado da Saúde); já em Santo Antônio da Platina, o paciente foi testado e positivado em abril, fato que só foi registrado no boletim epidemiológico agora.
Secretária de Saúde de Santo Antônio da Platina, Gislaine Galvão Inácio dos Santos explica que o paciente foi um jovem de pouco mais de 20 anos. Ele procurou o serviço de saúde após notar lesões na pele, acompanhadas de febre e dor. O caso foi confirmado na última semana de abril. A suspeita, segundo ela, é de que o jovem tenha se contaminado após um breve relacionamento com uma mulher em visita ao estado de São Paulo.
Santos pontua que o paciente não precisou ser internado, mas que foi acompanhado por duas semanas pelas equipes de Vigilância Epidemiológica até ser liberado. Ela reforça que após esse caso, em abril, o município não registrou novas suspeitas da doença viral, mas que é essencial que a população tome os devidos cuidados, como o uso de preservativos durante relações sexuais.
Leia mais:
Atendimento a dependentes de apostas cresce sete vezes no SUS, com alta entre mulheres
Aumento de casos de coqueluche pode estar ligado à perda de imunidade vacinal e cobertura insuficiente
Saúde alerta para a necessidade da vacinação contra a coqueluche para conter o aumento de casos
Falta de Ozempic em farmácias leva pacientes à busca por alternativas
No caso de Maringá, o município informou que o caso foi confirmado em julho e o paciente já está curado. O homem, de 28 anos, não reside em Maringá, mas realizou o tratamento na cidade. Ele não precisou ser internado e já estava em fase de recuperação quando procurou atendimento médico. O caso ainda não foi contabilizado pela Sesa.
Além desse, outros três casos de Mpox estão em investigação em Maringá. Em 2023, três pessoas contraíram o vírus na cidade.
Segundo dados da Sesa, de acordo com o Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), o Paraná tem 16 casos confirmados de Mpox, sendo 12 em Curitiba, 1 em Ivaiporã, 1 em Londrina, 1 em Santo Antônio da Platina e 1 em São José dos Pinhais. Outros 21 casos são suspeitos. Em 2023, o Paraná confirmou 45 casos de Mpox. Não há registro de mortes em decorrência da doença.
O número de casos de Mpox no Brasil em 2024 já ultrapassou o total registrado no ano passado, segundo dados do boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde.
Até a 35ª semana epidemiológica, que vai até o dia 2 de setembro, foram notificados 945 casos confirmados ou prováveis da doença. Enquanto isso, em todo o ano de 2023 foram 853 casos. A região Sudeste concentra a maioria das notificações, representando 80,7% dos casos.
Entre as unidades da federação, São Paulo registrou o maior número de casos, com 487, seguido por Rio de Janeiro (216), Minas Gerais (52) e Bahia (39). Em contrapartida, não houve registros de casos confirmados ou prováveis nos estados de Amapá, Tocantins e Piauí.
O perfil das pessoas infectadas continua sendo majoritariamente masculino, com 897 casos em homens na faixa etária de 18 a 39 anos. Apenas um caso foi registrado em crianças de 0 a 4 anos, e não há registros de casos confirmados ou prováveis em gestantes.
Em 2024, não foram registrados óbitos pela doença, enquanto, no ano passado, houve dois casos de morte.