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Câncer no estômago pode ser detectado com bafômetro

10 mar 2013 às 16:40

Um exame de hálito simples e rápido, através de um bafômetro, pode diagnosticar um câncer no estômago, segundo um estudo realizado por cientistas israelenses e chineses.

Em um levantamento com 130 pacientes, os pesquisadores descobriram que o exame tinha 90% de precisão no diagnóstico e na diferenciação do câncer de outros problemas do estômago.


O novo teste tenta detectar perfis químicos no hálito que são característicos de pacientes com câncer no estômago.


A revista especializada British Journal of Cancer afirmou que o exame pode revolucionar e acelerar a forma como o câncer é diagnosticado.


Atualmente, o diagnóstico da doença pode ser feito por meio de uma endoscopia.


No procedimento, o médico insere um cabo flexível pela boca do paciente, que acoplado a uma microcâmera, permite a visualização do aparelho digestivo.


Kits e cães


Os pesquisadores descobriram que o câncer no estômago possui uma espécie de marca, uma característica específica: compostos orgânicos voláteis, que emitem um cheiro e podem ser detectados usando um kit médico ou talvez até cães farejadores.


A técnica usada no exame não é nova, muitos pesquisadores estão trabalhando na possibilidade de exames de hálito para diagnosticar vários tipos de câncer, incluindo o de pulmão.


O trabalho do professor Hossam Haick, do Instituto de Tecnologia de Israel, analisou 130 pacientes em situações diferentes: 37 deles tinham câncer de estômago, 32 tinham úlceras e 61 tinham outros problemas de estômago.


Além de assegurar, com precisão, a diferença entre todos os problemas em 90% das vezes, o exame do hálito também conseguiu apontar em quais casos o câncer estava nos estágios iniciais e em quais estava em fases mais avançadas.


Agora, as equipes israelense e chinesa estão fazendo um estudo maior, envolvendo mais pacientes, para corroborar os resultados dos primeiros testes.


Para Kate Law, diretora de pesquisa clínica da ONG britânica Cancer Research UK, os resultados da pesquisa são "promissores".


"Apenas uma em cada cinco pessoas consegue uma cirurgia como parte do tratamento, pois a maioria dos casos de câncer no estômago são diagnosticados em fases que são avançadas demais para uma cirurgia", afirmou.

"Qualquer exame que ajude a diagnosticar cânceres de estômago mais cedo vai fazer diferença na sobrevivência de longo prazo do paciente", acrescentou.


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