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Brasileiros precisam de dados para avaliar o risco da pandemia, diz OMS

Ana Estela de Sousa Pinto - Folhapress
09 jun 2020 às 08:10

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- Reprodução/Pixabay
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"É muito importante que haja coerência nas mensagens sobre a pandemia de coronavírus, para que as pessoas possam confiar nelas, possam entender onde está a doença e avaliar seu risco", afirmou nesta segunda (8) o diretor-executivo da Organização Mundial da Saúde, Michael Ryan.

A declaração foi dada em resposta a pergunta sobre a ameaça do governo Bolsonaro de sonegar dados e a posterior divulgação de dados divergentes. Segundo Ryan, a OMS tem recebido dados detalhados sobre o coronavírus no Brasil. "Espero que qualquer mal-entendido seja resolvido rapidamente."

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O diretor afirmou ainda que a comunidade científica e técnica latino-americana já demonstrou excelente desempenho no combate de doenças contagiosas, como sarampo e cólera, por exemplo, e que os governos precisam começar a apoiá-los para vencer o coronavírus.

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"Governos da América do Sul e Central precisam trabalhar de maneira coordenada com suas equipes de saúde pública e seus cientistas, que são excelentes, para controlar a doença", disse ele.

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Para Ryan, há motivos para se preocupar com a aceleração da doença no continente, além de na Europa oriental, no centro da Ásia e na África. "Somos gratos pelo tempo que tivemos [antes dessa aceleração] para nos preparar, mas não devemos nos enganar", afirmou.


O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que países que já conseguiram reduzir o número de casos e mortes devem se precaver contra o excesso de complacência, principalmente nesse momento de muitas manifestações.


"A OMS condena o racismo, mas pedimos que todos protestem de forma segura, usem máscaras, fiquem a no mínimo um metro de distância dos outros e não saiam de casa se sentirem sintomas da Covid-19 [febre e tosse seca, entre outros]", disse.

Segundo Ryan, participar de eventos de massa não é motivo para obrigar as pessoas a fazer quarentena, desde que as pessoas sigam as orientações e, principalmente, que não tenham contato com infectados pelo coronavírus.


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