Pelo 11º dia consecutivo, o Brasil registrou média de mais de mil mortes por dia por Covid-19.
Até as 20h deste domingo (31), as secretarias de saúde dos estados registram 563 novos óbitos óbitos pela doença. Com isso, a média por dia em relação aos últimos sete dias foi de 1.065. Esse número está acima de 1.000 desde 21 de janeiro.
Além disso, foram registrados 27.597 casos da doença. O país, assim, chega a 224.534 óbitos e 9.202.791 pessoas infectadas pelo coronavírus.
No último sábado (30), o país pelo segundo dia consecutivo teve a maior média de novas mortes por Covid-19 na última semana desde o fim de julho, auge da pandemia no país.
Os dados do país são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
Além dos dados diários, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
O Brasil tem uma taxa de 105,3 mortes por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortes (440.652), e o Reino Unido (106.367), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 132,7 e 155,8 mortes para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
O Brasil havia ultrapassado a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (146,1), país com 88.516 óbitos pela doença. Contudo, com a segunda onda que assola a Europa, a Itália voltou a passar o Brasil.
O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortes e já contabiliza 158.074 óbitos, tem 122,6 mortes para cada 100 mil habitantes.
Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortes por 100 mil habitantes do Peru: 123,9. O país tem 40.587 óbitos pela Covid-19.
A Índia é o quarto país, atrás dos EUA, Brasil e México, com maior número de mortes pela Covid-19, com 154.274 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 11,2 óbitos por 100 mil habitantes.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena rígida de início, o índice é de 106,1 mortes por 100 mil habitantes (47.931 óbitos).
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.