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4 mil córneas

Banco de Olhos do HU de Londrina atinge a marca de 2 mil doações

Redação Bonde com AEN-PR
03 mar 2022 às 18:31
- UEL
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O BOL (Banco de Olhos Regional de Londrina), do HU/UEL (Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina), chegou à marca de duas mil doações, que corresponde a quatro mil córneas, em 2022. A unidade é o único banco público desse tipo no Paraná e, atualmente, compreende toda a Macrorregião Norte e inclui cinco Regionais de Saúde: 16ª (Apucarana), 17ª (Londrina), 18ª (Cornélio Procópio), 19ª (Jacarezinho) e 22ª (Ivaiporã).


As cirurgias podem ser feitas em hospitais credenciados pelo Ministério da Saúde. As córneas podem ser transplantadas em todo território nacional, algo recorrente na unidade.

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Instalado em 2011, o BOL faz parte do Sistema de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde, com chancela do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde.

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Doações


Como as doações de córnea são possíveis somente após o óbito do doador, existem algumas especificações prévias. Assim como ocorre com os demais órgãos, as córneas só podem ser doadas com autorização da família e presença de outras duas testemunhas. O doador pode ter tido morte por parada cardíaca ou morte encefálica, e a retirada da córnea ocorre em tempo igual ou inferior a seis horas. A córnea é enviada ao BOL e mantida em meio de preservação por 14 dias.

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Todo controle da segurança, qualificação e avaliação do tecido doado é de responsabilidade do Banco de Olhos. Somente após aprovação, a córnea é disponibilizada à Central Estadual de Transplante, responsável pela distribuição.


Todo o processo de doação é controlado pelo Ministério da Saúde, por meio do Sistema Nacional de Transplante, que mantém um dos maiores sistemas de transplantes de órgãos, tecidos e células do mundo, com 95% dos transplantes sendo financiados pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

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Fila

Atualmente, mais de 800 pessoas aguardam na fila do transplante de córnea no Paraná. Devido à pandemia, houve uma redução na captação de globo ocular e córnea. Em 2019, esse número chegou a 307; em 2020, primeiro ano da pandemia no país, a quantidade chegou a 76; em 2021, foi registrado um aumento, somando 72 até o mês de junho.

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“Em 2019 tivemos momentos de fila zero. Agora estamos retornando com as doações, mas ainda precisamos manter uma luta diária de conscientização da população sobre a doação”, afirma a médica responsável pelo Banco de Olhos, Ana Paula Oguido.


A marca de 2 mil doações, destaca, é resultado de um trabalho de educação continuada, cursos, programas e campanhas, além da atuação fundamental de todas as equipes envolvidas: OPO (Organização de Procura de órgãos) e CIHDOTT (Comissões Intrahospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante).


No momento, o principal objetivo do BOL é zerar a fila de espera, destaca Oguido. “E o próximo projeto da equipe é fornecer córneas preparadas para transplantes de células endoteliais, uma técnica ainda recente no Brasil e nosso próximo projeto”.


“Eu, como médica transplantadora e responsável técnica do Banco de Olhos, me sinto orgulhosa e privilegiada por fazer parte dessa conquista, pois corresponde à mudança na vida de tantas pessoas que puderam receber cada córnea doada. É um estímulo para continuarmos sempre e melhorando cada vez mais”, finaliza a médica.

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