Uma tecnologia utilizada em um protótipo que simula o sistema circulatório deve otimizar treinamentos e capacitações práticas, não invasivas, de profissionais da saúde que atuam com pacientes em hemodiálise ou terapia renal substitutiva. O simulador inteligente para hemodiálise foi criado pela técnica em Enfermagem e estudante do curso de Enfermagem Renata Candido, da Faculdade Anhanguera, em Rolândia (Região Metropolitana de Londrina). Ao participar do Programa Centelha, da Fundação Araucária, ela entendeu que sua ideia poderia se transformar em um produto e viabilizar a abertura de sua própria startup.
Mesmo com anos de experiência na enfermagem, Candido sentiu na pele as dificuldades de aprender uma nova função na sala de hemodiálise cheia de pacientes. "Trabalhar com o paciente renal crônico é uma especialidade que não se aprende nos cursos técnicos ou de graduação de enfermagem. É no dia a dia, com o paciente e com uma máquina que eu nunca tinha visto antes", relata.
Leia mais:
Estados brasileiros registram falta ou abastecimento irregular de, ao menos, 12 tipos de vacinas
Leitos de UTI crescem 52% em 10 anos; distribuição é desigual
Saúde do homem é tema de live com médicos londrinenses em novembro
Cinco minutos de atividades físicas ajudam a controlar pressão alta, sugere estudo
"Eu me perguntei como é que esse paciente se sente ao ver uma profissional que vai cuidar da vida dele treinando ali, sem conhecimento ainda. Foi então que tive a inspiração de criar um simulador, que inicialmente era um mecanismo instalado dentro de um manequim de loja e que evoluiu para um simulador com mecanismo de circulação que funciona na máquina de hemodiálise", explica ela, que é proprietária da startup ISHÁ Simuladores.
Como a máquina de hemodiálise é feita para reconhecer o ser humano, o simulador tem toda a programação de fluxos e batimentos cardíacos programados para ser reconhecido pela máquina. Por meio da embarcação de sensores e tecnologia estrutural, o equipamento promove a simulação e a reprodução concreta e fidedigna de um sistema circulatório (sanguíneo).
"O simulador cria um ambiente que dá segurança ao paciente. Melhoria da retenção de conhecimento, com redução de falhas técnicas, além de possibilitar a visualização na prática da instalação, cuidados pré e pós-tratamento", ressalta Renata Candido.
Por meio do Centelha, Candido conseguiu apoio técnico para levar sua ideia adiante e recursos financeiros para desenvolver os protótipos. "O apoio que tive do Centelha foi em um momento ímpar do desenvolvimento do equipamento, pois eu não tinha recursos financeiros para levar a ideia adiante e sequer entendia que tinha uma empresa nas mãos", conta.
O simulador já foi patenteado e sete protótipos já estão sendo usados em treinamentos. A startup busca parcerias para viabilizar a produção para a sua comercialização.
Participe do canal de transmissão do Bonde no insta! Vem pro Bonde do Bonde. Clique aqui.
CONTINUE LENDO NA FOLHA DE LONDRINA: