Segunda-feira, sete horas da manhã. Mais de 20 pessoas se reúnem na praça Nishinomiya, na região leste de Londrina. O encontro é para a prática de uma tradição enraizada na cidade há quase duas décadas: o Tai Chi Chuan, chamado, agora, como ginástica matinal pelo grupo.
A arte marcial, originária da China, foi trazida para Londrina pelos imigrantes chineses, cujos ensinamentos foram passados para a agropecuarista Ana Maria Barbosa de Oliveira que há 18 anos lidera voluntariamente as aulas matinais na praça. A aula inaugural aconteceu no dia 27 de março de 2006 e continua a atrair a atenção e o interesse da comunidade local.
Ana Maria relembra que estava correndo na praça no dia e observou alguém fazendo alongamentos e se interessou "Então pedi para me juntar. No começo estávamos nós duas porém logo, nos reuníamos com mais ou menos outras 50 pessoas e praticávamos o Tai Chi aqui na praça" comenta.
As companheiras de Tai Chi continuaram juntas na praça por doze anos, até que a mentora de Ana Maria se realocou para ensinar na área de lazer Luigi Borghesi, o Zerão, devido à alta demanda de pessoas solicitando a prática na região central. Ana assumiu a turma sozinha e teve que se adaptar sem a mestra. " Eu não esperava que tantas pessoas iam se interessar e nem que completaríamos 18 anos. Tudo que eu repasso aqui é do Tai Chi, porém como eu não tenho mais os ensinamentos da minha mestra, eu passei a chamar de ginástica na praça".
Uma das primeiras alunas, Ieda Cinagava, carrega consigo a faixa que usava nas primeiras aulas. "Já faz 18 anos que eu venho aqui e quando eu comecei me avisaram para trazer uma faixa. Hoje, já não precisa mais, porém eu sempre carrego comigo. Quando começou, nós usávamos bastante em todos exercícios, mas ai foi aprimorando com o passar do tempo e utilizando só as mãos, em algumas ocasiões eu ainda utilizo a faixa" recorda.
(*Sob supervisão da editora Patrícia Maria Alves)
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