Mais de 11 mil animais de estimação e silvestres afetados pelas consequências das chuvas, que atingem o Rio Grande so Sul desde o fim de abril, já foram resgatados pelos voluntários e agentes das forças de segurança do Estado.
Entre os 11.002 animais resgatados, até o meio dia desta terça-feira (14), foram encontrados, principalmente, cães e gatos, mas também aves, guaxinins e cavalos, como o Caramelo, que pasou horas imóvel sobre o telhado de uma casa ilhada, em Canoas. As informações são da Sema (Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura).
Ainda de acordo com a secretaria, os animais resgatados passam por uma triagem veterinária, onde os que estão em bom estado de saúde são devolvidos ao tutores. Quando estes não são identificados, os animais são enviados para abrigos públicos, organizações não governamentais (ONGs) ou para clínicas veterinárias, caso estejam feridos.
Um dos locais improvisados para receber animais separados de seus tutores fica na cidade de São Leopoldo, na região metropolitana de Porto Alegre. Desde ontem (13), parte dos animais resgatados no município está sendo levada para o enorme galpão onde antes funcionava um hipermercado. O espaço, atualmente desocupado, pertence ao grupo Carrefour Brasil, que o cedeu à prefeitura, gratuitamente, por tempo determinado.
“Abrimos esse espaço para albergar os animais que ainda estão sendo resgatados da enchente. Conseguimos alojá-los aqui, fizemos um local para 180 cães”, comentou o secretário interino da secretaria municipal de Proteção Animal (Sempa), André Ellwanger, nas redes sociais. Segundo ele, os cães que chegam ao abrigo provisório vêm “muito cansados, precisando de alimentação e água”. Como em outras cidades, há muitos voluntários ajudando, principalmente veterinários.
“Estamos fazendo este trabalho para dar um mínimo de conforto para esses animais; divulgando para a sociedade [informações sobre os bichos resgatados] para ver se os tutores conseguem reconhecê-los e vir apanhá-los”, acrescentou o secretário.
Entre as entidades não governamentais que reúnem voluntários para salvar e cuidar dos animais afetados está o Grad (Grupo de Resgate de Animais em Desastres), que, em sua página na internet, explicam que os pedidos de resgates não param de chegar, mas que muitas áreas continuam inacessíveis. “Precisamos aumentar nossa equipe a campo e estamos solicitando apoio de embarcações a motor para salvar o maior número de animais possível. Precisamos de toda e qualquer ajuda nesse momento”.
“É fundamental reconhecer o empenho de todos os agentes envolvidos nos resgates, que formam uma rede integrada e organizada. Estas ações são essenciais para o salvamento das vidas dos animais”, avaliou a secretária estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, também em nota.