Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Família multiespécies

Justiça determina que cão recolhido por prefeitura seja entregue a tutor em situação de rua

Redação Bonde com DPE-PR
03 jul 2024 às 18:01

Compartilhar notícia

- Divulgação/DPR-PR
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Foi garantido na Justiça, pela DPE-PR (Defensoria Pública do Estado do Paraná), que Carlos Merline, 46, não fosse separado do seu cão, Rock Merline, de sete meses. 


Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade

O caso ganhou forma quando, depois de ser atropelado, no dia 8 de maio, o animal recebeu atendimento veterinário da prefeitura de Curitiba e foi recolhido pela Unidade de Resgate Animal. Logo depois, Rock foi colocado para a adoção. Foi ai que Carlos e Joana Barrado, sua companheira, buscaram recuperar o bichinho. 

Leia mais:

Imagem de destaque
Novidade de tratamentos

Tutores relatam melhora na saúde de pets após tratamento com Cannabis medicinal

Imagem de destaque
Com palestra no sábado

Em Londrina, escoteiros promovem campanha de doação de ração e produtos pet

Imagem de destaque
Família multiespécie

Guarda de pets pós-divórcio: o que diz a legislação brasileira?

Imagem de destaque
Saiba como votar

Votação vai escolher os nomes das lontras do Refúgio Bela Vista na Itaipu Binacional


Após relatos do casal, a instituição entendeu se tratar de uma família multiespécies, carcaterizada por acontecer quando o núcleo familiar é formado por pessoas e seus animais de estimação. 

Publicidade


Merlini é usuário do serviço da instituição e há 10 anos vive em situação de rua no Centro de Curitiba. Rock é parte da família. Depois do pedido da Defensoria na Justiça, o 15º Juizado Especial da Fazenda Pública de Curitiba determinou que o município localizasse e entregasse o animal ao tutor. O “pai” de Rock, como Carlos registrou na identificação do cachorro, recebeu o “filho” no último dia 7.


“Agradeço a Deus por terem devolvido o Rock, ele e minha companheira são a minha família”, comenta Carlos. Ele conta que Rock ainda se recupera do atropelamento, e conseguiu voltar a correr apenas na última semana. O cão sofreu fratura na costela e permaneceu internado até o fim de maio.

Publicidade


Antes de procurar a defensoria, Carlos tentou recuperar o animal por conta própria, entretanto, o Centro de Defesa Animal apenas informou que Rock estava para adoção e que já haviam pessoas interessadas no cachorro. 


A assessora jurídica Roberta Malucelli explica que a instituição deu andamento ao pedido de Carlos assim que ele solicitou o atendimento, na sede central da Defensoria Pública. “Ele veio até nós pessoalmente para relatar o que tinha acontecido, e por ser pessoa em situação de rua, o atendimento jurídico foi prestado imediatamente”, comenta ela.

Publicidade


Imagem
PM anuncia que vai ‘fechar o cerco’ contra desordem em postos de combustíveis em Londrina
A PM (Polícia Militar) anunciou que vai “fechar o cerco” em Londrina contra postos de combustíveis que permitem o consumo de bebidas alcoólicas de forma indiscriminada


A prioridade no atendimento obedece à política de atendimento na Defensoria Pública para promoção, proteção e defesa dos direitos das pessoas em situação de rua. Implementada em 2022, ela estabelece também a necessidade de oferecer um serviço desburocratizado e sem a necessidade de agendamento prévio a essa parcela da população. 


A política ainda reforça que o atendimento seja orientado sob a perspectiva de um serviço humanizado, que considere as dimensões psíquicas, físicas e sociais da pessoa. “O Rock é um filho para mim, está sempre junto comigo. Mesmo que ele não esteja totalmente bem ainda, eu precisava ficar com ele, saber onde estava, estávamos muito apavorados”, lembra Carlos.

Publicidade


Família multiespécies 


O tutor adotou Rock após encontrá-lo abandonado na Rodoviária de Curitiba, quando ele ainda tinha um mês de vida. Carlos e sua companheira procuraram e questionaram funcionários do local sobre a pessoa responsável pelo animal, mas não encontraram ninguém. Eles, então, adotaram Rock. 


A defensora pública Regiane Garcia, responsável pelo caso, afirma que a demanda trazida por Carlos até a DPE-PR exemplifica a ideia de família multiespécies. Esse conceito busca promover juridicamente o reconhecimento de vínculos familiares entre pessoas e seus animais. 


“Considerando que se trata de uma pessoa em situação de rua, a relação com o cãozinho Rock muitas vezes é um dos únicos laços de afeto familiar que ele possui. A pessoa em situação de rua deve ter sua dignidade e seus direitos fundamentais respeitados, dentre os quais o direito à convivência familiar”, destaca Garcia.


Imagem
Diretor-geral da Seed explica cenário e próximos passos da terceirização de escolas
No dia 4 de junho, terça-feira, o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), sancionou a Lei nº 22.006 que diz respeito à instituição do Programa Parceiro da Escola.
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo