Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
'Maior capacidade de parceria'

Estudo aponta alta taxa de interações homossexuais entre macacos rhesus

Folhapress
10 jul 2023 às 14:35

Compartilhar notícia

- Canva
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Um artigo publicado nesta segunda (10) observou uma alta taxa de interações homossexuais entre macacos rhesus, uma espécie de primatas. Entre aqueles que mantinham esse tipo de relação, foi encontrada uma maior capacidade de parceria, algo que pode ser visto como positivo no convívio dos animais e na reprodução da espécie.


Veiculado na revista Nature Ecology & Evolution, o estudo foi organizado por cientistas do Imperial College London, no Reino Unido. Eles acompanharam os macacos rhesus da ilha de Cayo Santiago, em Porto Rico, por três anos para registrar o comportamento dos bichos. Dos cerca de 1.700 animais que vivem na região, 236 machos foram rastreados pelos cientistas.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


As interações sexuais, chamadas montas, foram registradas no decorrer da pesquisa. De forma geral, os contatos entre o mesmo sexo foram observados 1.017 vezes. Já as montas realizadas com animais de sexo distinto foi de 722.

Leia mais:

Imagem de destaque
Novidade de tratamentos

Tutores relatam melhora na saúde de pets após tratamento com Cannabis medicinal

Imagem de destaque
Com palestra no sábado

Em Londrina, escoteiros promovem campanha de doação de ração e produtos pet

Imagem de destaque
Família multiespécie

Guarda de pets pós-divórcio: o que diz a legislação brasileira?

Imagem de destaque
Saiba como votar

Votação vai escolher os nomes das lontras do Refúgio Bela Vista na Itaipu Binacional


Os cientistas também realizaram estimativas para os 236 machos identificados durante o estudo. Segundo os autores, cerca de 72% desses animais acompanhados tiveram algum contato sexual com outros machos. Enquanto isso, o percentual foi de 46% para uma interação com fêmeas.

Publicidade


Irene Delval, pesquisadora de pós-doutorado no Departamento de Psicologia Experimental da USP na área de desenvolvimento sexual, afirma que investigações como essas estão aumentando nos últimos tempos. "As interações sexuais com indivíduos do mesmo sexo são relativamente pouco estudadas, embora esteja crescendo o interesse", diz Delval, que não participou do estudo da Nature.


A própria pesquisadora assinou um artigo que registrou, de forma inédita, um ritual de acasalamento entre macacos pregos na Bahia. Durante as observações feitas por Delval e outros cientistas, as montas também foram registradas entre os macacos pregos.

Publicidade


Já observado em diversas espécies de seres vivos, o comportamento homossexual entre animais vem sendo objeto de uma série de hipóteses. Uma delas é a de dominância, em que um indivíduo tentaria impor um domínio sobre outro.


Essa tese, no entanto, não fez sentido para o estudo do Imperial College. Os cientistas afirmam no artigo que em 42% das relações aqueles que montavam sobre o outro eram de categorias hierárquicas mais baixas.

Publicidade


Outro fator, a hereditariedade, parece ser uma explicação mais plausível, segundo o estudo. Os autores fizeram cálculos e concluíram que o contato sexual entre machos com machos era 6,4% relacionado à herança genética. Segundo o artigo, é a primeira vez que esse tipo de evidência é encontrado para explicar o comportamento em não humanos.


Delval aponta que "o sexo não reprodutivo é um jeito de comunicação muito forte e pode ter várias funções". Essas interações, continua a pesquisadora, pode até ser benéfica em algumas circunstâncias por estabelecer melhor os vínculos entre os animais.

Publicidade


Isso também foi encontrado no estudo. Ao comparar os registros das montas, os cientistas concluíram que "os machos que montavam uns aos outros também eram mais propensos a apoiar entre si durante os conflitos com outros indivíduos". Outros estudos já observaram que a formação de aliança entre primatas melhora a reprodução dos bichos. Ou seja, as relações entre o mesmo sexo, de forma indireta, pode colaborar com o desenvolvimento da espécie.


Esse achado exprime um benefício do contato homossexual entre os macacos e pode ser uma explicação parcial de por que, diante da evolução dos primatas, esse comportamento se manteve.


Além disso, os cientistas acreditam que a conclusão do estudo coloca em xeque a ideia de que as relações entre indivíduos do mesmo sexo seriam uma raridade nas mais diversas espécies de animais.


Imagem
Paraná oferece medicamento para tratar animais com esporotricose no SUS
O Paraná é o primeiro estado do Brasil a incorporar no SUS (Sistema Único de Saúde) o medicamento para tratar o ani
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo