Nesta época do ano, todo mundo já está pensando em curtir as férias, os dias de descanso. Para não haver surpresas no caminho, a melhor dica é começar a planejar a viagem com antecedência, ainda mais se os planos envolvem levar os pets em destinos mais distantes.
Nas viagens de avião, cada companhia tem as suas regras e estar bem informado sobre como esses serviços funcionam é o primeiro passo para uma viagem segura. Transportar os animais de estimação junto às companhias aéreas sempre gerou uma preocupação a mais para os tutores e dois casos recentes, que ganharam repercussão em todo o País, acenderam ainda mais o alerta sobre o assunto.
No mês de setembro, um filhote de golden retriever morreu após um voo entre São Paulo e Rio de Janeiro. A tutora cobrou a companhia aérea por possíveis maus-tratos contra o seu animal de estimação. Um mês depois, um cão da raça american bully morreu ao ser transportado no porão de um avião pela mesma companhia aérea, em um voo entre São Paulo e Sergipe. O cachorro teria morrido por asfixia por roer a caixa de madeira em que era transportado.
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Ambas situações levaram as companhias aéreas a revisarem os normativos para o transporte de animais, especialmente os de pequeno porte, que são mais comuns. A LATAM decidiu suspender a venda do transporte de pets no porão no mercado brasileiro por 30 dias em 14 de outubro. A empresa informou que “qualquer nova informação sobre o tema será comunicada oficialmente oportunamente”.
A coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Unifil em Londrina, Fabiane Sabino, explica que cada animal tem uma particularidade de saúde, mas que os maiores perigos nas viagens nos compartimentos de carga das companhias aéreas são em relação ao estresse e à hipertermia.
“O estresse pode causar hiperventilação, acelerando a frequência respiratória e causando alterações sistêmicas. Apesar das companhias alegarem que os compartimentos possuem a temperatura controlada, pode haver casos de morte por hipertermia, que é o aumento da temperatura corporal. Além disso, pode haver também consequências de doenças pré-existentes no animal, como uma cardiopatia, por exemplo”, diz.
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