O Jardim Botânico de Londrina, que teve a primeira etapa inaugurada em março de 2010, é considerado um dos mais belos cartões postais da cidade. Composto por uma mata de preservação ambiental, lagos e pistas de caminhada, o parque é muito visitado, chegando a registrar mais de 3 mil visitantes em um único final de semana.
Porém, uma polêmica começou a circular e pegou muitas pessoas de surpresa: a proibição da entrada de animais de estimação no local.
A técnica da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e responsável pelo Jardim Botânico de Londrina, Patrícia Moreira Marques, explicou que desde a inauguração do parque já era proibida a entrada de animais domésticos. Segundo ela, a proibição serve para a preservação dos animais silvestres que vivem no local.
"Os animais domésticos podem trazer doenças que são resistentes ao sistema de defesa biológico dos silvestres. Esse mesmo tipo de proibição existe em outros parques como o Arthur Thomas e a Mata dos Godoy", destaca.
A técnica ainda comentou a respeito dos cachorros que são vistos por lá. Segundo Patrícia, eles são animais abandonados que acabam ficando no local por conta dos alimentos deixados pelos visitantes. Ela orienta que as pessoas façam o descarte correto dos alimentos e embalagens após a realização de piqueniques no local. "Infelizmente não temos equipe e nem verba para cuidar deles, portanto se não houver alimentos espalhados, os animais vão acabar indo embora da mesma forma que vieram", ressalta.
Outro ponto destacado pela responsável durante a entrevista foi sobre o ponto certo de alimentação no parque. Ela comentou que quando o Jardim Botânico foi construído não houve planejamento para áreas de alimentação, mas que a equipe orienta que isso seja feito no gramado perto da área da Polícia Ambiental.
As proibições não se restringem a animais domésticos. Equipamentos como bicicletas, patinetes, patins, skates e bolas também são proibidos no parque.
Estrutura e equipe
Patricia Marques é a única funcionária disponibilizada pelo governo do estado para a administração do parque. A técnica contou, que a meta era fazer um Plano Diretor que são as diretrizes do parque. De acordo com ela, isso existe em parques como o das Aves em Foz do Iguaçu e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, porém está inviabilizado de ser realizado no de Londrina. O motivo é a falta de funcionários. Até dezembro do ano passado existia um gerente de operações no parque, mas o cargo era comissionado e desde que trocou o comando do governo em janeiro deste ano ninguém foi designado para a função. Com isso, as demandas administrativas ficaram acumuladas.
Procurada pela reportagem, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, responsável pelo parque não havia se manifestado sobre a possibilidade de contratação de novos funcionário até as 18h40 desta terça-feira (13).
(*Sob supervisão de Fernanda Circhia)